Europa e petróleo ganham terreno. Ouro e dólar recuam e juros agravam-se

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Fábio Carvalho da Silva 07 de Novembro de 2022 às 17:40
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Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha em alta

A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, com os investidores a digerirem os mais recentes dados económicos da China.

 

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,1%.

 

Na Ásia, pela China, em Jong Kong o Hang Seng subiu 3,2% e Xangai somou 0,3%. No Japão, o Topix ganhou 0,98% e o Nikkei arrecadou 1,21%. Pela Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,99%.

 

Os mais recentes dados, divulgados durante a a madrugada lisboeta revelam que as exportações na China contraíram em outubro, como não era visto desde maio de 2020.

China pressiona petróleo. Subida das temperaturas faz cair gás

O petróleo perde mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque, depois de a China, o maior importador de petróleo do mundo, ter sinalizado a manutenção do seu compromisso com a política "zero covid-19".

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,58% para 91,15 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 1,30% para 97,29 dólares por barril.

 

Depois de uma semana de ganhos, impulsionados pela queda do dólar, esta semana o ouro negro começou em baixa, após a Comissão Nacional de Saúde chinesa se ter demonstrado inflexível na alteração dos padrões de controlo da covid-19. O número de casos no país bateu máximos de seis meses. 

 

No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu (TTF) cai 7,46%, numa altura em que as temperaturas previstas pelos meteorologistas para as próximas duas semanas apontam para uma queda da procura.

 

Subida do dólar pressiona ouro. Euro em alta

Depois de registar a maior queda desde março de 2020, o dólar voltou aos ganhos, estando a pressionar o ouro, que segue a negociar em terreno negativo.

 

O metal amarelo desliza 0,65% para 1.670,99 dólares por onça.

 

Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cresce 0,26% para 111,161 pontos.  A procura pela moeda refúgio aumentou após Pequim ter reiterado o compromisso com a política zero covid-19.

O movimento surge ainda dias antes de serem divulgados os dados da inflação nos EUA.

 

Já na Zona Euro, a moeda única soma 0,21% para 0,9951 dólares.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros agravam-se na Zona Euro. A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava 3,5 pontos base 2,324%.

 

Os juros da dívida italiana a dez anos somam 2,3 pontos base para 4,477%.

 

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos acresce 1,9 pontos base para 3,275%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade agravam 3,5 pontos base para 3,372%.  

Europa arranca mista enquanto digere notícias da China

A Europa arrancou a sessão de forma mista, com os olhos postos nos mais recentes dados económicos chineses e no compromisso de Pequim de reiterar a política "covid-19 zero".

 

O Stoxx 600 negoceia na linha d’ água, mais inclinado para terreno positivo (0,02%) para 417,08 pontos. Entre o 20 setores que compõe o índice de referência europeu, energia e produtos de consumo registam as maiores perdas.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX e o francês CAC 40  negoceia também na linha d’ água,  (0,06%) e (-0,02%), respetivamente. Frankfurt soma 0,11% e Lisboa ganha 0,90%, o ganho mais expressivo entre as principais bolsas. Amesterdão acresce 0,46% e Milão cresce 0,17%.

 

Já Londres negoceia também na linha d’ água, mais inclinada para terreno negativo (-0,02%).

 

As importações chinesas caíram 0,3% em outubro, como não era visto desde maio de 2020 contra a expectativa de um aumento de 4,3%, segundo as estimativas dos especialistas consultados pela Reuters.  Também as importações deslizaram 0,7%, quando era esperado um aumento de 0,1%.

 

As exportações para os EUA caíram 12,6% em termos homólogos, a terceira queda mensal consecutiva. Já para a UE, as exportações caíram 9%, depois de subirem em setembro.  

 

Os investidores vão ainda digerir durante a sessão o compromisso anunciado pela Comissão Nacional de Saúde da China que manteve o seu compromisso para com a política "zero covid-19", depois de o número de casos ter renovado máximos de seis meses.

Wall Street arranca mista a um dia das eleições intercalares nos EUA

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta segunda-feira em terreno positivo, numa altura em que alguns investidores acreditam que a inflação já terá começado a abrandar e que os resultados das eleições intercalares - que decorrem esta terça-feira - serão favoráveis para os mercados. 

O "benchmark" S&P 500 avança 0,13% para 3.775,41 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 0,33% para 32.511,02 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desce 0.10% para 10.465,14 pontos. 

A época de divulgação dos resultados do terceiro trimestre continua a decorrer nos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, das 430 empresas cotadas no Standard & Poor's que já apresentaram resultados, praticamente um quarto ficou aquém das estimativas dos analistas. Esta segunda-feira, a Meta, dona do Facebook, chegou a subir mais de 5%, na sequência das notícias de que a empresa se prepara para despedir centenas de funcionários.

O maior apetite pelo risco esta segunda-feira poderá sinalizar uma vitória temporária, apesar de o sentimento dos investidores continuar frágil a um dia das eleições nos Estados Unidos. Este pico de otimismo nas bolsas acontece apesar da determinação da Reserva Federal norte-americana em combater o aumento dos preços e da garantia da China de que irá seguir com a sua política de zero casos covid-19.

Ouro recua, após ter registado o melhor dia desde março de 2020

O ouro está a negociar em baixa, após ter registado o maior salto desde março de 2020, depois de terem sido divulgados dados mistos relativamente ao emprego nos Estados Unidos.

As contratações nos EUA mantiveram-se estáveis e os vencimentos aumentaram em outubro. Ainda assim, a taxa de desemprego subiu ligeiramente.

O metal precioso desliza 0,23% para 1.677,92 dólares por onça.

Dólar recua face a principais divisas

O dólar está a registar perdas pelo segundo dia consecutivo, à medida que os investidores optam por outro tipo de ativos que têm, tradicionalmente, maior risco associado.

A moeda única europeia soma assim 0,31% para 0,9988 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – perde 0,41% para 110,424 pontos.

"A moeda norte-americana pode continuar a ter dificuldades com a recuperação do sentimento de risco por agora", explica o analista Valentin Marinov do Credit Agricole CIB, à Bloomberg.

"Dito isto, o maior teste para o atual 'status quo' do mercado pode ser uma nova leitura da inflação esta quinta-feira, que poderia gerar um novo 'rally' nas 'yields' norte-americanas e dar um 'boost' ao dólar", revelou ainda.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros da dívida soberana seguem a agravar-se na Zona Euro, com a Alemanha a ver o maior agravamento. A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a região - sobem 4,7 pontos base para 2,336%, enquanto os juros da dívida italiana aumentam dois pontos base para 4,473%. 

Esta segunda-feira, os analistas do Goldman Sachs recomendaram a venda das obrigações alemãs com maturidade a dez anos, justificando que o rendimento é demasiado baixo tendo em conta a subida esperada das taxas de juro no próximo ano.

Já a "yield" da dívida francesa crescem 3,1 pontos base para 2,856% e os juros da dívida espanhola avançam 3,8 pontos base para 3,347%. 

Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam três pontos base para 3,286%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica escalam 10,5 pontos base para 3,632%. 

Esta segunda-feira, os analistas do Goldman Sachs recomendaram a venda das obrigações alemãs com maturidade a dez anos, justificando que o rendimento é demasiado baixo tendo em conta a subida esperada das taxas de juro no próximo ano.

Já a "yield" da dívida francesa crescem 3,1 pontos base para 2,856% e os juros da dívida espanhola avançam 3,8 pontos base para 3,347%. 

Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam três pontos base para 3,286%. 

Petróleo inverte para ganhos a par com queda do dólar

Os preços do "ouro negro" inverteram das quedas da manhã e seguem agora a valorizar nos principais mercados internacionais.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,52% para 99,08 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,70% para 93,26 dólares por barril.

 

As cotações travaram as quedas – motivadas sobretudo pelo facto de a China ter dito que vai prosseguir com a sua política Zero Covid – e inverteram para território positivo devido ao dólar mais fraco.

 

O facto de o dólar estar agora a ceder terreno ajuda assim à tendência de subida da matéria-prima, uma vez que os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo, ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.

Europa fecha no verde apesar de notícias vindas da China

As bolsas europeias fecharam a negociação desta segunda-feira em terreno positivo, numa altura em que os investidores processam as notícias vindas da China. O país liderado por Xi Jinping reiterou o seu compromisso para com a política de "zero casos" de covid-19, depois de na passada semana os meios de comunicação terem divulgado que estaria a ser preparado um alívio de algumas medidas.

O "benchmark" Stoxx 600 subiu 0,33% para 418,34 pontos, fixando-se no valor mais alto desde 13 de setembro. Dos 20 setores que compõem o índice, as viagens, automóvel e tecnologia foram os que mais contribuíram para a valorização: 1,61%, 1,31% e 1,47%, respetivamente.

Já nas restantes praças europeias, o alemão Dax subiu 0,55%, o espanhol Ibex 35 cresceu 0,25%, o italiano FTSE MIB avançou 0,90% e, em Amesterdão, o AEX somou 0,62%. No Reino Unido, o FTSE 100 desceu 0,48%. 

Esta segunda-feira, foram conhecidos os dados da balança comercial na China, com as exportações e importações a caírem pela primeira vez em mais de dois anos. Os dados realçaram os riscos de recessão na segunda maior economia mundial.

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