"Yields" elevadas na Zona Euro e dados dos EUA pressionam Europa
Sanções à Rússia dão força ao petróleo. WTI e Brent ganham mais de 1,5%
Dados do emprego pressionam ouro e animam dólar
Juros da dívida de Portugal sobem a 10 anos para máximo desde julho
Maré vermelha na Europa. Setor tecnológico atira Stoxx 600 ao chão
Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
"Yields" pressionam Wall Street. Tecnológicas caem após novas restrições aos "chips"
"Yields" elevadas e força do dólar castigam ouro
Euro continua a cair contra o dólar após mínimo de mais de dois anos
Sanções dos EUA dão força ao crude. Brent e WTI alcançam máximos de cinco meses
"Yields" elevadas na Zona Euro e dados dos EUA pressionam Europa
Juros agravam-se na Zona Euro para máximos de vários meses
- Europa aponta para perdas. Ásia em queda após dados do emprego nos EUA
- Sanções à Rússia dão força ao petróleo. WTI e Brent ganham mais de 1,5%
- Dados do emprego pressionam ouro e animam dólar
- Juros da dívida de Portugal sobem a 10 anos para máximo desde julho
- Maré vermelha na Europa. Setor tecnológico atira Stoxx 600 ao chão
- Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
- "Yields" pressionam Wall Street. Tecnológicas caem após novas restrições aos "chips"
- "Yields" elevadas e força do dólar castigam ouro
- Euro continua a cair contra o dólar após mínimo de mais de dois anos
- Sanções dos EUA dão força ao crude. Brent e WTI alcançam máximos de cinco meses
- "Yields" elevadas na Zona Euro e dados dos EUA pressionam Europa
- Juros agravam-se na Zona Euro para máximos de vários meses
Os principais índices europeus estão a apontar para uma descida na abertura, seguindo a mesma tendência registada nas ações asiáticas. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,3%.
Os investidores reagem aos dados de criação de emprego nos Estados Unidos, divulgados na passada sexta-feira, mais fortes do que o esperado. O mercado de trabalho norte-americano está mais robusto, alimentando as expetativas de um adiamento de cortes de taxas de juro pela Reserva Federal.
"O mercado acredita que vão haver cada vez menos cortes. Nesta altura ainda há muita incerteza, pelo menos no que diz respeito às políticas de Trump", diz Eugenia Victorino, da Skandinaviska Enskilda Banken AB, citada pela Bloomberg.
Na Ásia, o MSCI Asia-Pacific – que é composto por cinco mercados desenvolvidos e oito emergentes - registou a quarta sessão consecutiva de perdas (-1,1%), com os índices de referência a cederem em toda a região. No acumulado do mês, o "benchmark" já perde 3%.
Na China, em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,1%, enquanto o Shanghai Composite recuou 0,33%. No Japão, o Topix caiu 0,8% e o Nikkei desvalorizou 1,05%. Na Coreia do Sul, o Kospi cede 0,24%.
O petróleo segue a valorizar, atingindo um máximo de quatro meses, à boleia das recém anunciadas sanções à indústria petrolífera russa.
A esta hora, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 1,68% para os 77,86 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – soma 1,55% para os 81,00 dólares.
A dias de passar a liderança da Casa Branca a Donald Trump, Joe Biden impôs mais um pacote de sanções à indústria petrolífera da Rússia. O Presidente cessante tenta encontrar, assim, formas de aumentar a vantagem da Ucrânia nas negociações de paz com Vladimir Putin antes de Trump assumir o poder.
As medidas anunciadas na passada sexta-feira visam duas empresas que gerem mais de um quarto das exportações de crude da Rússia por via marítima: a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, que exportaram cerca de 970 mil barris por dia nos primeiros dez meses de 2024, cerca de 30% das vendas russas.
A administração de Biden sancionou ainda seguradoras e 180 embarcações de comerciais vitais ao negócio, de acordo com um relatório a que a Reuters teve acesso.
Estas são as sanções mais agressivas que Washington já aplicou a Moscovo desde que estalou a guerra na Ucrânia há mais de dois anos.
Estas sanções podem causar especiais dificuldades à Índia e à China, cujas refinarias dependem do petróleo russo, vendo-se agora obrigadas a procurar alternativas.
Na China, de acordo com a Bloomberg, refinarias em Shandong convocaram reuniões de emergência para tentarem perceber se ainda podiam usar o crude que estava em trânsito na altura do anúncio das sanções. Já na Índia, as refinarias esperam enormes perturbações durante pelo menos seis meses.
As sanções vêm impulsionar ainda mais os preços do petróleo, que já vinham a subir, incentivados pelo frio, pela queda dos stocks de crude nos EUA e pela especulação em torno da postura que Donald Trump poderá adotar em relação ao petróleo iraniano.
Os preços do ouro seguem a desvalorizar ligeiramente esta manhã, depois, na sexta-feira, ter sido divulgada a taxa de desemprego nos EUA, que desceu, bem como dados que indicam uma aceleração na criação de emprego. São números que vêm dar força à postura cautelosa da Reserva Federal (Fed) norte-americana em relação a futuros cortes de juros.
O ouro segue assim a desvalorizar 0,09% para 2.687,21 dólares por onça .
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje subir a dois, a cinco e a 10 anos - no prazo mais longo para um máximo desde julho e alinhados com os de Espanha e Itália.
Os juros da dívida soberana italiana avançam 6,4 pontos base para 3,830%, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e francesa sobem 4,8 e 4,4 pontos base para 3,309% e 3,469%.
Os juros da dívida soberana britânica a 10 anos seguem a subir 4,6 pontos base para 4,881%, em máximos de 2008 e aproximam-se da fasquia dos 5%.
Já juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Zona Euro, agravam-se 2,5 pontos base para 2,616%.
A nível nacional, as yields da dívida portuguesa a dez anos sobem 5,5 pontos para 3,075%, depois de a República ter angariado na semana passada quatro mil milhões de euros em dívida a dez anos.
Os principais índices europeus estão hoje a negociar em terreno negativo, pressionados pelo setor tecnológico e numa altura em que os mercados globais são penalizados pela maior possibilidade de a Reserva Federal dos EUA desacelerar o ritmo do corte de juros, após a divulgação de dados do emprego positivos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,81% para 507,36 pontos, depois de na sexta-feira ter chegado a cair quase 1% após a divulgação da taxa de desemprego nos EUA, que em dezembro caiu para 4,1%.
O índice de referência europeu registou um início de ano pouco animador, afetado pela perspetiva de uma guerra comercial após a tomada de posse do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, mantendo-se acima de 2,5% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,785%, continuou acima da taxa a seis meses (2,655%) e da taxa a 12 meses (2,576%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,655%, mais 0,014 pontos do que na sexta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou hoje para 2,576%, mais 0,012 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 2,785%, mais 0,019 pontos do que na sessão anterior.
Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Os principais índices norte-americanos estão a negociar em sentido negativo, pressionados por juros do Tesouro mais elevados, depois de os números do emprego nos EUA, divulgados na sexta-feira, terem ficado acima do esperado aumentando as expectativas de que a Reserva Federal vai manter uma postura mais "hawkish" em 2025.
O Dow Jones avança 0,09%, para os 41.976,67 pontos, enquanto o S&P 500 recua 0,77% para 5.782,18 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite perde 1,57% para 18.862,38 pontos.
Os três principais índices de Wall Street caíram na sexta-feira mais de 1,5%, no pior desempenho desde 18 de dezembro, dia em que a Fed indicou que o ritmo de alívio da política monetária iria abrandar.
Esta segunda-feira as "yields" da dívida dos Estados Unidos a dez anos tocaram máximos desde finais de 2023, o que penaliza particularmente cotadas mais especulativas e setores com maiores necessidades de financiamento.
A penalizar as empresas de "chips", com a Nvidia a liderar ao perder 4,44%, estão novas regras mais apertadas para a exportação de "chips" utilizados em inteligência artificial (IA) por empresas norte-americanas. No entanto, a aplicação ou não destas novas regras dependerá da vontade de Donald Trump, que toma posse como Presidente dos EUA na próxima segunda-feira.
Outras cotadas do setor como a Applied Digital, a AMD e a Qualcomm a desvalorizam mais de 1%.
Entre outros movimentos de mercado, a Johnson & Johson sobe 1,08%, após ter anunciado a aquisição da fabricante de fármacos neurológicos Intra-Cellular Therapies (ITC). A oferta da Johnson & Johnson é de 132 dólares por cada ação da Intra-Cellular, o que representa um prémio de 39% face à cotação de fecho de sexta-feira. As ações da ITC seguem assim a disparar quase 34%.
Ainda no setor farmacêutico a Moderna afunda mais de 23%, após ter revelado o "guidance" em termos de faturação para 2025 que ficou significativamente abaixo do esperado pelos analistas.
Os preços do ouro recuam 1% esta segunda-feira, pressionados pelas elevadas taxas de juro na dívida soberana dos EUA e pela valorização do dólar, na sequência dos dados do emprego nos Estados Unidos conhecidos sexta-feira, que levaram o mercado a apostar agora em apenas um corte das taxas diretoras em 2025.
A onça do metal amarelo é negociada nos 2.662,89 dólares, uma queda de 1,00%.
A subida do dólar, nomeadamente em relação ao euro e libra esterlina, está igualmente a penalizar outros metais preciosos, com a prata a cair 2,73%, para os 29,58 dólares por onça.
A platina cede 0,96%, para os 956,55 dólares por onça, enquanto o paládio cai 2,05%, até aos 931,63 dólares.
O euro continua a cair contra o dólar, depois de ter atingido mínimos de mais de dois anos, pressionado pelo rumo divergente das políticas monetárias da Reserva Federal (Fed) e do BCE.
O euro recua 0,45% para 1,0198 euros, depois de ter atingido um mínimo de 0,0179, de acordo com a FactSet, aproximando-se da paridade. Já o índice do dólar, que mede a força da nota verde contra as suas principais rivais, sobe 0,35% para 110,03.
A robustez da leitura da criação de postos de trabalho nos EUA, na sexta-feira, juntamente com a perspetiva de políticas inflacionistas da administração Trump está a alimentar as expectativas de que a Fed vai manter o nível das taxas de juro durante mais tempo do que o esperado.
Os analistas anteveem agora que o banco central norte-americano poderá mesmo reduzir as taxas apenas uma vez durante este ano, impulsionando o dólar.
Já a debilidade da economia da Zona Euro faz com que se antevejam mais cortes de taxas de juro por parte do BCE, como forma de impulsionar a atividade económica do bloco, pressionando a moeda única.
A incerteza política em França também está a causar preocupação, de acordo com analistas do Bank of America, citados pelo Wall Street Jornal, que "veem riscos de mais robustez do dólar no curto prazo". Contudo, esperam que o euro recupere, uma vez que muitas das notícias negativas já estão incorporadas na moeda.
Os preços do petróleo estão em alta pela terceira sessão consecutiva esta segunda-feira, com o barril do Brent acima dos 80 dólares pela primeira vez em cinco meses. A impulsionar os preços estão novas sanções dos Estados Unidos ao petróleo russo e os efeitos esperados nos principais compradores de crude russo, a Índia e a China.
A esta hora, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 1,85% para os 77,15 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – soma 1,45% para os 80,92 dólares. Os dois contratos atingiram máximos de agosto do ano passado.
Tanto o Brent como o WTI ganham cerca de 6% desde o dia 8 de janeiro, depois de o Tesouro norte-americano ter anunciado novas sanções ao petróleo russo, que incluem grandes produtores como a Gazprom e a Surgutneftegaz, bem como 183 petroleiros que têm realizado entregas de petróleo russo e que perfizeram cerca de 25% das exportações russas em 2024.
As novas sanções têm obrigado a China e a Índia, que são largamente dependentes da importação de crude, a aumentar as compras ao Médio Oriente, África e Américas, o que deverá levar a um aumento dos preços e dos custos de transporte, acreditam os analistas ouvidos pela Reuters.
"Há receios genuínos no mercado quanto à interrupção do fornecimento. O pior cenário para o petróleo russo parece ser o cenário realista", disse o analista da PVM Tamas Varga. "Mas não é claro o que vai acontecer quando Donald Trump tomar posse na próxima segunda-feira".
Os principais índices europeus terminaram a sessão inaugural da semana no vermelho, num sell-off generalizado das bolsas mundiais, com o mercado acionista sob pressão depois de terem sido conhecidos dados do emprego que ficaram acima do esperado e reforçaram expectativas de uma abordagem cautelosa da Reserva Federal à política monetária.
Ao mesmo tempo, o agravamento das "yields" das dívida soberanas europeias para máximos de vários meses gerou preocupações relativamente a empresas sobre-avaliadas.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, recuou 0,55% para 508,68 pontos, o valor mais baixo desde inícios de janeiro. A registarem a maior queda estiveram setores como o industrial, imobiliário, retalho, media, tecnologia e saúde, que perderam mais de 1%.
No setor tecnológico, a queda foi particularmente sentida pela STMicro, fornecedora da Apple, que caiu 2,6% depois de um analista ter estimado que as vendas de iPhones fiquem este ano abaixo do esperado.
Em sentido oposto, o setor de petróleo e gás subiu mais de 1%, à boleia de uma subida dos preços do petróleo para máximos de cinco meses devido a novas sanções dos Estados Unidos ao petróleo russo.
Dada a sensibilidade das bolsas europeias aos dados da economia norte-americana, os números da inflação que são conhecidos na quarta-feira deverão centrar as atenções.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,41%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,3%, o italiano FTSEMIB recuou 0,83%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,29% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,28%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,56%.
Os juros das dívida soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta segunda-feira para máximos de vários meses, numa altura em que vários países têm ido ao mercado emitir dívida, com a procura a superar a oferta na maioria das colocações.
Os juros das Bunds a 10 anos, de referência para a Zona Euro, agravaram-se 1,9 pontos base para 2,610% - o valor mais elevado desde meados de junho. As "yields" equivalentes de França agravaram-se 3,1 pontos base para 3,456% - o valor mais elevado desde outubro de 2023 -, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e italiana avançou 4,2 e 5,4 pontos base para 3303% e 3,820%. A nível nacional, as yields da dívida portuguesa a dez anos subiram 4,9 pontos para 3,069%, um máximo de julho de 2024,
As "yields" equivalentes de França agravaram-se 3,1 pontos base para 3,456% - o valor mais elevado desde outubro de 2023 -, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e italiana avançou 4,2 e 5,4 pontos base para 3303% e 3,820%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, também a dez anos, somaram 4,7 pontos base para 4,881%.
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