Trump ensombra bolsas, juros sobem, petróleo cai
Os mercados em números
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PSI-20 desceu 0,91% para 4.376,94 pontos
Stoxx 600 deslizou 0,41% para 337,50 pontos
S&P 500 desce 0,27% para 2.161,55 pontos
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Yield 10 anos de Portugal avança 8,8 pontos base para 3,484%
Euro recua 0,41% para 1,0844 dólares
Petróleo cai 2,972% para 44,5 dólares por barril, em Londres
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Bolsas arrastadas pela indefinição com plano Trump
Os principais índices europeus terminaram esta sexta-feira no vermelho, mas as quedas dos últimos dias, motivadas pela incerteza em torno das políticas do Presidente eleito dos EUA, não impediram um balanço semanal positivo. Apesar de as primeiras medidas anunciadas por Trump terem sido interpretadas como favoráveis ao crescimento e aos mercados, os analistas referem que está por conhecer o impacto concreto dessas políticas. Títulos ligados à construção e commodities lideraram os recuos.
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Lisboa acompanhou a tendência negativa e fechou em mínimos de quatro meses, com a terceira sessão de quedas, na série de recuos mais longa desde o Brexit. A Galp (penalizada pela queda do petróleo) e o universo EDP (perante a exposição aos EUA onde a nova administração Trump pode vir a reduzir a aposta nas energias verdes) estiveram entre as maiores fontes de presasão. Do lado dos ganhos esteve a Sonae, que disparou mais de 6%. Na Europa, Milão e Frankfurt foram as excepções ao sinal vermelho.
Em Wall Street as negociações seguem sem direcção definida, com o S&P 500 e o Dow Jones em queda ligeira mas o tecnológico Nasdaq com valorizações de 0,34%.
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Juros em máximos de mais de um mês
O mercado obrigacionista viu escapar-se um bilião de dólares em valor durante a semana que agora se encerra, perante o previsto aumento do investimento da administração Trump na construção e reparação de infra-estruturas e a aceleração da inflação. O comportamento de altas nos juros da dívida soberana - que nos EUA tiveram o maior disparo desde Janeiro de 2009 - estendeu-se à generalidade dos títulos da Zona Euro. Os juros de Portugal não são excepção, agravam em todas as maturidades e a dez anos atingem máximos de cerca de um mês. O prémio de risco para as obrigações alemãs está em máximos de meados de Outubro, nos 319 pontos.
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Euribor sobem a seis e 12 meses
As taxas Euribor mantiveram-se a três meses e subiram no prazo a seis e 12 meses. A três meses, negativa desde Abril de 2015, ficou nos -0,312%, enquanto a seis meses - mais usada em Portugal nos créditos à habitação, há um ano em terreno negativo, apreciou ligeiros 0,001 pontos percentuais para -0,210%. A 12 meses a subida de 0,02 pontos levou a taxa para -0,069%.
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Euro com pior semana num ano
A moeda única encerrou o pior desempenho semanal num ano, penalizada pela possibilidade de que, também na Europa, o voto populista que sustentou a chegada de Donald Trump ao poder possa fazer-se evidenciar, nomeadamente no referendo constitucional na Itália e nas eleições na Alemanha e em França.
O franco suíço beneficiou da condição de refúgio enquanto a libra acabou por beneficiar da incerteza geopolítica nos EUA e no resto da Europa, que se sobrepuseram às preocupações com um "hard Brexit". A moeda britânica está a caminho da melhor semana em mais de um ano e está em máximos de um mês. Já o peso mexicano renova mínimos históricos perante o efeito Trump, caindo mais de 3% face ao dólar.
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Petróleo afunda com alertas da OPEP
Depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter anunciado uma produção recorde de petróleo em Outubro e previsto que a oferta mundial continue a aumentar no ano que vem - com Irão e Iraque a quererem ficar de fora de possíveis cortes que venham a ser decididos na cimeira do final do mês - os preços do ouro negro caem mais de 2% nos mercados internacionais. "Os membros da OPEP estão a confessar grandes aumentos de produção que podem fazer com que chegar a acordo em Argel seja impossível," disse John Kilduff, da Again Capital, à Bloomberg.
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Cobre trava maiores ganhos em sete anos, ouro corrige
O cobre cedeu das fortes valorizações dos últimos dias, que perante a especulação de aumento da procura de metais industriais com a aplicação do plano da futura administração Trump levaram o preço à maior aceleração em sete anos, tocando o nível de resistência dos 6.000 dólares por tonelada. Segundo os analistas, chegou ao fim a euforia dos últimos dias, arrastando consigo outros metais como o níquel. O ouro recua mais de 2,5% depois dos fortes ganhos das últimas sessões, em que foi beneficiado pela condição de refúgio.
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