Petróleo sobe. Euro a caminho da paridade

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados esta sexta-feira.
wall stree, bolsas, traders, operadores
Brendan McDermid/Reuters
Diogo Mendo Fernandes 08 de Julho de 2022 às 21:58
Últimos eventos
Europa aponta para queda ligeira. Ganhos desaceleram no Japão após tentativa de homicídio de Abe

Os principais índices do Velho Continente estão a apontar para uma abertura da última sessão da semana em terreno negativo, mesmo com as ações na Ásia a registar ganhos.

As bolsas asiáticas beneficiaram da especulação em relação a estímulos estaduais sobre a economia chinesa e comentários de governadores da Reserva Federal norte-americana acalmaram os receios de uma desaceleração da economia global.

As bolsas asiáticas beneficiaram da especulação em relação a estímulos estaduais sobre a economia chinesa e comentários de governadores da Reserva Federal norte-americana acalmaram os receios de uma desaceleração da economia global.

Na Ásia, pela China, o tecnológico Hang Seng subiu 0,3% e Xangai ganhou 0,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,9%, enquanto que pelo Japão o Topix somou 0,9% e o Nikkei valorizou 0,8%. Já os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,2%.

As principais praças da Ásia foram impulsionadas pelas empresas de tecnologia e de materiais, numa altura em que surgem notícias que indicam que a China pode permitir a emissão de cerca de 1,5 bilião de ienes em dívida por parte governos locais do país.

No Japão, o Nikkei, chegou a valorizar 1,4% com os ganhos a recuar depois de terem sido divulgadas informações que davam conta que o antigo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, tinha sofrido uma tentativa de homicídio, ao ter sido baleado no peito durante um evento político na cidade de Nara.

O atual primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, já reagiu condenando o ataque e explicou que o seu antecessor estava em condição grave no hospital.

O atual primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, já reagiu condenando o ataque e explicou que o seu antecessor estava em condição grave no hospital.

Na Europa, os investidores vão estar atentos aos preços da habitação no primeiro trimestre do ano, na Zona Euro. Ainda esta sexta-feira, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursa na sessão de abertura do fórum económico "Les Rencontres Economiques d'Aix-en-Provence 2022", em França, numa altura em que os investidores continuam à procura de pistas sobre as políticas monetárias do BCE.

Petróleo avança, mas perda semanal mantém-se

O petróleo está a valorizar, com alguma volatilidade, à medida que se estendem receios com uma diminuição da oferta, face ao aumento da procura. Os investidores estão atentos à política monetária restritiva da autoridade monetária norte-americana (Fed) que tem levado o "ouro negro" a registar uma queda, juntamente com outras "commodities".

Esta quinta-feira dois dos membros a favor de uma política monetária mais agressiva por parte da Fed, Christopher Waller e James Bullard, pediram uma subida em 75 pontos base das taxas de juro diretoras já este mês, para diminuir a inflação, mas afastaram qualquer cenário de uma recessão económica.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a valorizar 0,56% para 105,24 dólares por barril, depois de esta terça-feira ter afundado 10,93%.

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,12% para 102,85 dólares por barril.

"O mercado físico está a negociar com base na escassez, ao passo que o mercado financeiro está a negociar numa recessão", é o que explicam à Bloomberg os analistas do RBC Capital Markets, Helima Croft e Michael Tran.

Ouro na linha de água, perto dos valores mais baixos em nove meses

O ouro está a negociar na linha de água, estando assim a caminho da quarta semana consecutiva no vermelho - a maior queda prolongada desde maio.

O metal precioso está a negociar não só abaixo da linha psicológica dos 1.800 dólares, mas também perto dos valores mais baixos em mais de nove meses. O ouro, que é negociado em dólares, tem estado a ser prejudicado pela valorização da moeda norte-americana, que tem beneficiado do aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana, comparativamente, por exemplo, ao Banco Central Europeu.

O metal amarelo perde 0,04% para 1.739,98 dólares. Ao passo que a platina perde 0,45% para 873,27 dólares e o paládio cede 0,55% para 1.985,21 dólares.

Euro cada vez mais perto da paridade. Libra perde

O dólar está a valorizar face às principais divisas rivais e o euro está assim a passo rápido para atingir a paridade com a moeda norte-americana, seguindo a negociação abaixo da linha psicológica de 1,02 dólares que já tinha sido registada esta quinta-feira.

A nota verde ganha 0,61% face à moeda única europeia, estando a valer 1,0109 dólares. Já a moeda japonesa, o iene, registou uma subida depois de ter sido noticiada a tentativa de homicídio do antigo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, que foi baleado na cidade de Nara. O iene chegou a valorizar 0,5% face à divisa norte-americana, mas está agora a somar apenas 0,082%.

"O iene está a mostrar que é um pequeno ‘safe haven’ depois das notícias do antigo primeiro-ministro Abe", explicou o analista Rodrigo Catril, do Banco Nacional Australiano à Bloomberg. "O risco político agora tem um valor excecional porque estamos perto do fim de semana das eleições".

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra 10 divisas rivais – cai 0,36% para 107,517 pontos.

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra 10 divisas rivais – cai 0,36% para 107,517 pontos.

Já a libra, depois de ter registado uma subida ontem depois da demissão de Boris Johnson, desvaloriza neste momento face ao euro (-0,080%) e em relação ao dólar (-0,66%).

Juros na Zona Euro agravam

Os juros da dívida da Zona Euro estão a agravar, seguindo a negociação desta quinta-feira, numa altura em que o mercado de ações negoceia misto.

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – agravam 3,8 pontos base para 1,272%. Desde o início de maio que os juros das obrigações alemãs estão acima de 1%.

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – agravam 3,8 pontos base para 1,272%. Desde o início de maio que os juros das obrigações alemãs estão acima de 1%.

Já os juros da dívida italiana a dez anos soma 8,2 pontos base, sendo a que mais agrava da região para 3,211%.

Na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos agrava 5,5 pontos base para 2,344%, estando assim a negociar acima da fasquia dos 2% alcançada no final de abril. A yield das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobe 5,2 pontos base para 2,345%.

Os investidores vão estar atentos esta sexta-feira ao discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu na sessão de abertura do fórum económico "Les Rencontres Economiques d'Aix-en-Provence 2022", em França.

Europa na linha de água, depois de arranque negativo

Os principais mercados bolsistas do Velho Continente estão a negociar em terreno misto. Depois de dois dias de ganhos elevados, os investidores podem estar de olhos postos na época de resultados das empresas, que vai permitir compreender a robustez destas neste novo cenário de maior incerteza económica.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, negoceia na linha de água e ganha 0,07% para 415,28 pontos, com o setor do petróleo e gás e media a liderar os ganhos acima de 1%. A registar uma queda no "benchmark" europeu está o setor dos recursos básicos e viagens.

"Ainda há muitos riscos e alta volatiliddae, mesmo na negociação intradiária, como temos visto esta semana, mas a grande questão permanece se a inflação está a ser controlada ou não", adianta o analista espanhol Nieves Benito, do Santander Asset Management. "À medida que nos preparamos para a época de resultados, a perspetiva das empresas vai ser crucial, até porque as previsões não têm diminuído e os comentários antes deste período eram ainda positivos no geral".

Nas restantes praças da Europa ocidental, o italiano FTSEMIB sobe 0,26% e o britânico FTSE100 soma 0,13%. A registar perdas está o francês CAC-40 a ceder 0,66%, o espanhol IBEX 35 a perder 0,60%, o AEX de Amesterdão a cair 0,24% e o alemão DAX a desvalorizar 0,15%.

Dados do emprego abrem a porta ao "falcão" na Fed e fazem cair Wall Street

Wall Street arrancou a sessão no vermelho, no dia em que foram divulgados novos dados sobre o emprego nos EUA que sustentam uma posição futura mais "falcão" por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

O industrial Dow Jones cai 0,24% para 31.305,85 pontos, enquanto o S&P 500 perde 0,42% para 3.883,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,74% para 11.536,26 pontos.

 

Os Estados Unidos criaram mais 372 mil postos de trabalho em junho, de acordo com o "payroll," divulgado esta sexta-feira  pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O resultado ficou acima das projeções dos economistas que apontavam para mais 268 mil novos postos de trabalho neste período.

 

A taxa de desemprego nos EUA ficou estável pelo quarto mês consecutivo em 3,6% em junho. Já a taxa de população ativa fixou-se em 62,2% em junho.

 

"Os dados do emprego divulgados hoje aliviam o medo sobre uma possível recessão iminente mas não fazem nada por reduzir a expectativa de endurecimento da política monetária da Fed", comentou Seema Shah, responsável pelo departamento de estratégia da Global Investors.

 

Também Bryce Dty, vice-presidente da Sit Investmentes Associates, concordou em declarações à Bloomberg qie estes números "sustentam a política monetária ‘hawkish’ " do banco central norte-americano.

Petróleo sobe sem recessão iminente à vista nos EUA

Os preços do "ouro negro" seguem em terreno positivo, depois de o robusto relatório do emprego de junho nos EUA dar sinais de que não há uma recessão iminente.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 1,48% para 106,20 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 1,25% para 112,78 dólares por barril.

 

Na semana, o petróleo está com saldo negativo, pressionado pelo forte selloff na segunda-feira – que prosseguiu no dia seguinte – devido aos receios de uma menor procura pela matéria-prima num contexto de subida dos juros diretores e arrefecimento das economias para combater a elevada inflação.

Ouro segue estável após dados do emprego nos EUA

O ouro segue estável após a divulgação do relatório oficial do emprego nos Estados Unidos ter superado as expetativas, demonstrando que a economia está a reagir bem ao aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana. Apesar de seguir estável o metal precioso prepara-se para os piores resultados desde junho de 2021.

O relatório vem dar força às expetativas de que a Fed vai continuar a apostar no aumento destas taxas para combater a inflação mais acentuada nas últimas décadas. A política monetária mais apertada afastou os investidores deste metal precioso, provocando uma queda do valor para mínimos de nove meses.

O metal amarelo valoriza 0,22% para 1.743,98 dólares. Também a platina sobe 2,39% para 898,13 dólares e o paládio cresce 5,96% para 2.115,06 dólares.

Dólar recua face ao euro próximo da paridade

O euro está a valorizar face ao dólar, numa altura em que o cenário de paridade se torna cada vez mais provável. A moeda europeia valoriza 0,18% face à nota verde, mas ainda abaixo da linha psicológica de 1,02 dólares.

Durante a manhã o dólar esteve a valorizar face às principais divisas rivais, após dados do emprego divulgados esta sexta-feira nos Estados Unido terem indicado que a maior economia mundial criou mais emprego do que o estimado em junho, o que reforça as expetativas de um novo aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal ainda no mês de julho.

Tanto a nota verde como o ouro são ativos refúgio para os investidores.

Durante a manhã o dólar esteve a valorizar face às principais divisas rivais, após dados do emprego divulgados esta sexta-feira nos Estados Unido terem indicado que a maior economia mundial criou mais emprego do que o estimado em junho, o que reforça as expetativas de um novo aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal ainda no mês de julho.

Juros negoceiam de forma mista na Zona Euro

Os juros da dívida da Zona Euro negoceiam de forma mista, à semelhança da tendência vivida no mercado acionista europeu.

 

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava 2,5 pontos base para 1,336%. Desde o início de maio, que os juros das obrigações alemãs estão acima de 1%.

 

Já os juros da dívida italiana a dez anos aliviam 2,2 pontos base para 3,271%, enquanto a yield das obrigações francesas com a mesma maturidade soma 1,9 pontos base para 1,872%.

 

Na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos agrava 0,1 pontos base para 2,400%, estando assim a negociar acima da fasquia dos 2% alcançada no final de abril.

Por sua vez, a yield das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobe 0,7 pontos base para 2,404%.

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