Stoxx 600 em recordes há oito sessões consecutivas. Petróleo cai com pressão dos EUA para OPEP produzir mais

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Cátia Rocha e Leonor Mateus Ferreira e Carla Pedro e Pedro Curvelo 11 de Agosto de 2021 às 17:49
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Futuros apontam para um arranque no verde nas praças europeias

As praças europeias deverão abrir em alta esta quarta-feira, a seguir a tendência otimista vivida nas praças asiáticas. No Japão, tanto o Nikkei como o Topix fecharam em alta, com subidas de 0,65% e 0,92%, respetivamete.

Ao longo do dia, os investidores vão estar de olho na publicação de dados nos Estados Unidos, já que hoje é dia de conhecer dados sobre o índice de preços no consumidor no mês de julho. Os economistas ouvidos pelo Dow Jones antecipam uma subida de 0,5% em cadeia; ou 5,3% em termos homólogos. 

Além do tema da inflação, continua a época de resultados das cotadas: a Thyssenkrupp ou o serviço de entrega de refeições Deliveroo apresentam contas.

Dólar aprecia-se à espera de dados sobre a inflação nos EUA

O euro, a moeda única europeia, está a depreciar 0,07% na manhã desta quarta-feira face ao dólar, para 1,1712 dólares. Já o dólar está a subir contra as principais pares: o índice que mede o desempenho desta divisa contra um cabaz composto por moedas rivais está a avançar 0,11%. 

Nesta sessão, os investidores vão estar atentos à publicação de dados sobre a inflação nos EUA no mês de julho. Os analistas ouvidos pela Reuters antecipam que, caso os dados revelem uma subida da inflação, o dólar possa valorizar.

Ouro avança 0,2% depois de quatro sessões no vermelho

O ouro está a avançar 0,2% esta manhã, com a onça nos 1.732,37 dólares. O preço tem vindo a cair ao longo das últimas quatro sessões, afastando-se da fasquia dos 1.800 dólares por onça. O metal precioso aproxima-se assim, de um mínimo de quase quatro meses, quando a 12 de abril tocou nos 1.732,76 dólares por onça.

 

Os analistas antecipam que, num momento em que os investidores aguardam com expectativa os dados da inflação nos EUA, o dólar mais robusto possa pesar no valor do ouro. "Os metais preciosos estabilizaram agora, mas devido ao dólar norte-americano forte não vão ter poder para recuperar", diz a Huatai Futures à Bloomberg.

Petróleo estabiliza. Brent já acima dos 70 dólares por barril

O petróleo está a subir ligeiramente nesta sessão. O crude, negociado em Nova Iorque, aprecia 0,35%, com o barril a negociar nos 68,53 dólares. 

Já o brent do Mar do Norte, negociado em Londres, sobe 0,37%, com o barril a negociar nos 70,89 dólares. 

Após fontes próximas avançarem informações que apontam para o recuo dos inventários de petróleo nos Estados Unidos, o "ouro negro" chegou a subir 2,7% na sessão de terça-feira. Os dados oficiais serão conhecidos esta quarta-feira. A confirmar-se esta descida dos inventários, esta seria a quarta semana consecutiva de recuo nos inventários, a série mais longa de descida desde setembro.

Juros da dívida agravam na Europa

Os juros da dívida dos países da Zona Euro estão a agravar-se na sessão desta quarta-feira. A yield da Alemanha com maturidade a dez anos está a subir 1,1 pontos base, para os -0,623%.

Os juros da dívida de Itália, também com maturidade a dez anos, avançam 2,5 pontos base, para os 0,573%. 

Na Península Ibérica, a yield de Portugal a dez anos sobe 1,6 pontos base, para 0,128%; em Espanha, a subida é de 1,5 pontos base, para os 0,241%.

Stoxx 600 em alta com maioria dos setores em terreno positivo

A maioria das praças europeias está a negociar em terreno positivo, com exceção do PSI-20 e do índice alemão DAX, que está inalterado. O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas do continente europeu, avança nesta altura 0,09%, para 472,74 pontos. 

A maioria dos setores está a negociar em alta, com o setor do retalho em destaque, a registar ganhos de 0,46%. Já o setor do turismo e lazer está a travar maiores ganhos, ao ceder 1,01%.

Num dia em que os investidores estão à espera de dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que serão divulgados esta tarde, as praças europeias registam ganhos ligeiros. O espanhol IBEX 35 avança 0,29%, o francês CAC 40 sobe 0,18% e o inglês FTSE 100 ganha 0,37%.

Wall Street celebra desaceleração da inflação nos EUA

Wall Street abriu em alta a sessão desta quarta-feira, a celebrar a desaceleração da inflação nos EUA. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu em julho 0,5%, depois dos 0,9% registados em junho, de acordo com dados divulgados pelo Labor Department. Esta foi a maior descida mensal em 15 meses.

No acumulado dos 12 meses terminados em julho, a taxa de inflação avançou 5,4%. Não só o recuo significa um alívio face aos máximos de 13 anos como poderá sinalizar que a taxa de inflação atingiu já um pico.

O indicador estava a ser aguardado com expetativa por ser acompanhado de perto pela Reserva Federal norte-americana para calibrar os instrumentos de política monetária. A expetativa do mercado é que o presidente Jerome Powell comece, em Jackson Hole, a delinear um plano de redução dos estímulos à economia e que, em setembro, o comité de política monetária (FOMC) o concretize.

"A inflação parece tão transitória quanto o FOMC tem dito que seria e as forças inflacionárias deverão continuar a aliviar a partir de agora e ao longo do resto do ano", diz Michael Brown, analista sénior de Caxton, à Reuters.

Com esta convicção, as principais praças norte-americanas seguem em forte alta. O índice industrial Dow Jones ganha 0,1% para 35.300,89 pontos, tendo tocado um máximo histórico na abertura. Já o S&P 500 sobe 0,12% para 4.442,18 pontos e o tecnológico Nasdaq ganha 0,31% para 14.834,38 pontos.

Ouro avança 0,96% após publicação de dados sobre a inflação

O ouro está a avançar 0,96%, com a onça a negociar nos 1.745,59 dólares. Desta forma, este metal precioso caminha para a primeira sessão em alta após quatro sessões seguidas no vermelho. 

A amparar a subida do ouro está o recuo do dólar, num dia em que foram conhecidos os dados sobre a inflação nos EUA. Em julho, o índice de preços no consumidor avançou 0,5%, em linha com as estimativas dos economistas. A inflação abrandou na maior economia do mundo, depois de em junho este indicador ter registado a maior subida desde 2008. 

Estes dados estatísticos ajudaram o ouro a recuperar, depois de na segunda-feira ter estado a negociar em mínimos de março. Ainda assim, o ouro está longe da fasquia dos 1.800 dólares. A última vez que o ouro esteve acima deste valor foi a 5 de agosto (1.804,41 dólares).

Juros da dívida de Itália com subida de 2,2 pontos base

Os juros da dívida estão a subir em vários países da Zona Euro esta quarta-feira. 

Os juros da Alemanha a dez anos, a referência na Europa, fogem à tendência, a recuar 0,1 pontos base para -0,503%. 

Já a yield de Itália é aquela que mais sobe nesta altura: está a avançar 2,2 pontos base, para 0,569%. Os juros da dívida de Espanha, com maturidade a dez anos, sobem 1,4 pontos base para 0,241%. 

Em Portugal, os juros da dívida com a mesma maturidade sobem 1,1 pontos base para 0,122%.

Petróleo cede com pressão dos EUA para OPEP+ produzir mais

Os preços do "ouro negro" seguem em baixa, pressionados pelo facto de os Estados Unidos terem instado os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) a aumentarem a produção.

 

A Casa Branca considera que a atual produção da OPEP+ não é suficiente para atender à procura e que pode ameaçar a retoma económica mundial.

 

Além disso, o Goldman Sachs reviu em baixa a projeção para a procura chinesa por petróleo devido às restrições à circulação em muitas regiões daquele país por conta da propagação da variante delta da covid.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em setembro cede 0,57% para 67,90 dólares por barril.

 

Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,61% para 70,20 dólares. Hoje, o Brent já chegou a estar a negociar abaixo dos 70 dólares.

 

A procura tem aumentado na Europa e nos Estados Unidos, mas crescem os receios de que o aumento de casos de covid na Ásia – particularmente no maior importador de crude, a China – penalize o consumo de combustível nesses países.

"O WTI perdeu alguns dos ganhos da sessão anterior durante as negociações desta quarta-feira, após a imposição de mais restrições à mobilidade na China, numa tentativa de impedir a propagação da variante delta. A situação na China e noutros países asiáticos continua a preocupar os traders de petróleo, que agora preveem uma queda na procura por combustível na região", sublinha Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades, na sua análise diária.

 

"Este cenário parece ter substituído o sentimento positivo gerado pela aprovação, no Senado dos EUA, do plano para infraestrutura no valor de um bilião de dólares e o crescimento esperado na procura de petróleo do país que este projeto provavelmente acarretará", acrescenta.

Stoxx 600 atinge novo máximo histórico na oitava sessão de ganhos

As bolsas europeias encerraram em alta, com o índice de referência a marcar um novo recorde, pela oitava sessão consecutiva, animado pela subida dos lucros das empresas e pelo facto de os dados da inflação nos EUA (que moderou em julho face ao mês anterior) terem acalmado alguns receios de que a Fed proceda em breve à retirada gradual dos estímulos monetários.

 

O Stoxx 600 fechou a somar 0,41%, para 474,24 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho. Durante a sessão fixou um novo máximo histórico nos 474,82 pontos.

 

Depois de em agosto o Stoxx 600 ter registado o sexto mês consecutivo de ganhos – a melhor série desde 2013 –, o índice de referência do Velho Continente segue rumo a um sétimo mês de valorizações.

 

Os setores da construção, media e banca foram os que tiveram melhor desempenho nesta sessão de quarta-feira, ao passo que as tecnológicas e as cotadas associadas às viagens cederam terreno.

 

A Meggitt, multinacional britânica especializada em componentes e subsistemas para o mercado aeroespacial, da defesa e energia, destacou-se com uma escalada de 16% na bolsa londrina depois de o grupo TransDigm ter abordado a empresa para superar a oferta de compra de 8,8 mil milhões de dólares feita pela norte-americana Parker Hannifin.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,4%, a fechar em recordes, ao passo que o francês CAC-40 valorizou 0,6% e está a apenas 0,9% do seu máximo histórico.

 

Já o italiano FTSEMIB pulou 1%, o britânico FTSE 100 subiu 0,8% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,9%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,1%.

Dólar enfraquece após golpe da inflação nos "falcões" da Fed

A nota verde perdeu força hoje após a inflação nos EUA ter sido inferior ao esperado, o que veio dar suporte à posição mais moderada dentro da Reserva Federal (Fed), nomeadamente do seu presidente, Jerome Powell, que pretendem um caminho mais lento para a retirada dos estímulos.

Após a divulgação dos dados sobre os preços no consumidor, o euro ganha 0,14%, cotando nos 1,1736 dólares.

A moeda única europeia recua, no entanto, perante a divisa britânica, cedendo 0,06%, para 0,8464 libras esterlinas.

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