Esforços diplomáticos no Médio Oriente dão alento às bolsas europeias
Ouro corrige após escalar mais de 2%
Dólar da Nova Zelândia cresce após conservadores vencerem eleições
Juros agravam-se na Zona Euro
Lisboa sobe numa Europa tingida de vermelho. Varsóvia escala quase 5% após eleições
Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses
Wall Street começa semana no verde. Época de resultados e Médio Oriente centram atenções
Ouro recua em movimento de correção após maior ganho diário em sete meses
Petróleo cai com acordo dos EUA para aliviar sanções contra Venezuela
Shekel em mínimos de 2015 face ao dólar
Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" da dívida italiana alivia com novo orçamento
Esforços diplomáticos no Médio Oriente dão alento às bolsas europeias
- Petróleo cede com investidores de olhos postos em Israel
- Ouro corrige após escalar mais de 2%
- Dólar da Nova Zelândia cresce após conservadores vencerem eleições
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Lisboa sobe numa Europa tingida de vermelho. Varsóvia escala quase 5% após eleições
- Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses
- Wall Street começa semana no verde. Época de resultados e Médio Oriente centram atenções
- Ouro recua em movimento de correção após maior ganho diário em sete meses
- Petróleo cai com acordo dos EUA para aliviar sanções contra Venezuela
- Shekel em mínimos de 2015 face ao dólar
- Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" da dívida italiana alivia com novo orçamento
- Esforços diplomáticos no Médio Oriente dão alento às bolsas europeias
O petróleo desvaloriza, numa altura em que os investidores se mantêm atentos aos mais recentes desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hamas.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – desvaloriza 0,31% para 87,42 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desliza 0,37% para 90,55 dólares por barril.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, regressa esta segunda-feira a Israel depois de uma ronda de contactos com vários países árabes. Ainda do lado dos EUA, o presidente Joe Biden considerou que "seria um erro" se Israel ocupar a Faixa de Gaza.
Recorde-se que Israel prepara uma ofensiva na região.
O ouro recua mais de 1%, com os investidores de olhos postos na tentativa dos EUA de conter o conflito entre Israel e Hamas.
O metal amarelo cede 1,08% para 1.911,90 dólares por onça. A prata segue a tendência negativa, enquanto paládio e platina negoceiam praticamente inalterados. Na sexta-feira, o metal amarelo cresceu mais de 2%.
O presidente norte-americano, Joe Biden, está a ponderar visitar Israel nos próximos dias, enquanto os responsáveis do seu governo mantêm conversações, através de canais confidenciais, com o Irão, avança a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo.
A agência de informação acrescenta que ainda não foi tomada nenhuma decisão. Contactada pela Bloomberg, fonte oficial da Casa Branca afirmam que não há nenhuma viagem a anunciar.
A notícia surge numa altura em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, regressa a Israel depois de uma ronda de contactos com vários países árabes. Biden afirmou que "seria um erro" se Israel ocupar a Faixa de Gaza.
O dólar da Nova Zelândia cresce 0,33% para 0,5926 dólares norte-americanos, depois de o até agora partido da oposição, o Partido Nacional, ter vencido as eleições legislativas, contra o Partido Trabalhista, que formou governo durante seis anos.
O euro avança 0,08% para 1,0531 dólares.
O franco suíço cai 0,12% para 1,1066 dólares, tendo a volatilidade implícita do par chiado a 6,7%, como não era visto desde o passado dia 31 de março.
O zloty cede 0,29% para 0,2354 dólares. Os investidores digerem a mais recente sondagem à boca das urnas este domingo e que aponta para a vitória do partido no poder, Lei e Justiça (PiS), mas a maioria parlamentar aos partidos de oposição.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cai 0,14% para 106,5 pontos.
Os juros agravam-se na Zona Euro. O mercado mantém-se atento ao esforço diplomático dos EUA para conter o conflito entre EUA e Hamas.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava-se 3,9 pontos base para 2,722%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 sobe 4,3 pontos base para 3,475%.
A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos cresce 3,4 pontos base para 3,905%.
Os juros dos títulos italianos a 10 anos somam 2,4 pontos base para 4,791%.
O Stoxx 600 – referência para o mercado europeu – perde 0,13% para 448,58 pontos, com os investidores atentos ao esforço diplomático dos EUA para conter o conflito entre EUA e Hamas e ao resultado das eleições polacas. O mercado prepara-se ainda para o arranque da "earnings season" referente ao terceiro trimestre deste ano.
Dos 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, tecnologia e "utilities" comandam as perdas, depois de a Bloomberg ter noticiado que os EUA estão a ponderar mais restrições ao acesso da China aos semicondutores produzidos no país.
Os investidores estão atentos às ações do grupo Ocado, as quais afundam 3,84%, após o Barclays ter revisto em baixa a recomendação das ações de "equal-wight" para "underweight", devido aos riscos que podem ter impacto no cumprimento do "guidance" a médio prazo.
Já a Atos valoriza 2,23%, após a empresa ter anunciado que o "chairman" Bertrand Meunier vai abandonar o cargo, pelo que adiou a data de fecho do acordo de venda do negócio ao multimilionário Daniel Kretinsky.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt desvaloriza 0,26%, Paris recua 0,55% e Madrid cede 0,39%.
Amesterdão cai 0,26% e Milão cede 0,32%. Já Londres negoceia na linha de água (0,02%) e Lisboa sobe 0,44%.
Na Polónia, o índice WIG20 chegou a subir quase 5%, tendo entretanto aliviado para uma subida de 3,26%.
A taxa Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,172%, mais 0,001 pontos que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, recuou hoje em 4,103%, menos 0,018 pontos que na sessão anterior, depois de ter subido para 4,138% em 02 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.
No caso da Euribor a três meses, esta baixou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,975%, menos 0,010 pontos, depois de ter subido em 10 de outubro até 3,988%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em alta esta segunda-feira. Esta semana os investidores irão centrar atenções nos dados das vendas a retalho nos Estados Unidos, bem como nos resultados de algumas grandes empresas, como o Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley, Johnson & Johnson, Tesla e Netflix.
Ainda sob as atenções do mercado estará o desenrolar do conflito entre o Hamas e Israel, numa altura em que tudo indica estar iminente uma ofensiva terrestre por parte de Israel à Faixa de Gaza.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,66% para 4.356,42 pontos, o industrial Dow Jones avança 0,71% para 33.909,68 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,71%, para 13.502,82 pontos.
Entre os movimentos de mercado, a Nvidia avança 0,7%, mesmo depois de a Reuters ter noticiado que iria tomar medidas para prevenir as fabricantes de "chips" norte-americanas de venderem para a China.
A Albermarle, a maior produtora de químicos provenientes do lítio do mundo, sobe 2%, após ter retirado uma proposta de compra da Liontown Resources por 4,16 mil milhões de dólares.
Em sentido contrário, a Lululemon pula quase 8%, com a sua ascensão ao índice de referência mundial, S&P 500, em vias de acontecer esta semana, com a saída da Activision Blizzard, que foi adquirida pela Microsoft.
O ouro está a desvalorizar, num movimento de correção, depois de ter registado o maior ganho diário desde meados de março, de 3,42%, na passada sexta-feira.
Ainda assim, o metal segue a negociar acima dos 1.900 dólares por onça, com o escalar do conflito no Médio Oriente a manter os investidores cautelosos.
O metal amarelo recua 0,61% para 1.921,10 dólares por onça.
"Creio que estamos a ver alguma consolidação saudável de ganhos recentes... uma retirada de mais-valias normal por parte dos 'traders' de futuros a curto-prazo", disse à Reuters o analista Jim Wyckoff da Kitco Metals.
"Temos uma situação geopolítica séria no Médio Oriente, por isso penso que os preços do ouro vão subir nas próximas semanas e o patamar dos 2.000 dólares não está fora da equação", completou.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, devido à informação de que os Estados Unidos concordaram em flexibilizar as sanções contra a Venezuela.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,73% para 85,05 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,87% para 90,10 dólares.
Os EUA e a Venezuela terão chegado a acordo para um aliviar das sanções norte-americanas à indústria petrolífera venezuelana, em troca de umas eleições presidenciais monitorizadas no próximo ano naquele país da América do Sul, avançou o The Washington Post.
Os investidores continuam a avaliar também o potencial impacto que um escalar do conflito Israel-Hamas poderá ter nos preços do petróleo.
A moeda israelita caiu hoje para o nível psicológico de quatro shekels por um dólar, tocando assim em mínimos de oito anos face à divisa norte-americana. Desde o ataque do Hamas sobre Israel que a moeda israelita já desvalorizou mais de 4% face ao dólar.
Embora o Banco de Israel nunca tenha indicado um nível específico para intervir no mercado cambial, os participantes do mercado veem o nível atual como um patamar psicológico.
"Apesar de o banco central ter tornado claro que vai tentar impedir a queda da moeda, não vejo o shekel retornar aos níveis do início do mês até que o conflito na região acalme", afirmou à Reuters a analista Helen Given da Monex.
Já face às principais divisas rivais, o dólar segue a desvalorizar, isto numa altura em que aumentam os esforços diplomáticos por parte dos Estados Unidos para impedir que o conflito entre o Hamas e Israel se expanda.
O dólar recua 0,35% para 0,9482 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra um cabaz de 10 divisas – cai 0,31% para 106,319 pontos.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se, com os investidores a retornarem aos ativos de maior risco, com a situação no Médio Oriente sem uma escalada substancial.
Apenas os juros da dívida italiana aliviaram um ponto base para os 4,756%, depois de Roma ter anunciado um novo orçamento para 2024 que totaliza 24 mil milhões de euros.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravaram-se 4,4 pontos base para 3,476%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo vencimento somou 4,7 pontos base para 2,780%.
Já os juros da dívida espanhola subiram 2,8 pontos base para 3,899% e os da dívida francesa somaram 3,8 pontos base para 3,402%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica avançaram 9,5 pontos base para 4,477%.
Os principais índices europeus enceraram a sessão em alta esta segunda-feira, com os "traders" a optarem por ativos de maior risco numa altura em que avaliam os esforços diplomáticos dos Estados Unidos e aliados para impedir um escalar do conflito entre o Hamas e Israel.
O Stoxx 600, índice de referência do Velho Continente, subiu 0,23% para 450,20 pontos, com os setores retalhista e mineiro a sustarem os ganhos ao valorizarem 2%. Ainda a impulsionar estiveram a banca, as viagens e os serviços financeiros - que avançaram quase 1%.
O principal índice polaco, WIG20, subiu mais de 5%, liderado pelo setor da banca, depois de as sondagens apontarem para que a Coligação Cívica, em conjunto com outros dois partidos, tenha alcançado uma maioria parlamentar, ao contrário do Partido Lei e Justiça (PiS), que foi Governo até agora. A motivar os ganhos está a possibilidade de uma flexibilização do regime de regulação bancária.
Apesar de o sentimento de mercado estar a receber algum impulso dos esforços diplomáticos dos EUA, a analista Marija Veitmane da State Street Global Markets recomenda, em declarações à Bloomberg, "prudência em adicionar risco às posições, uma vez que o conflito ainda pode escalar".
"Adicionalmente, as preocupações em torno de taxas de juro elevadas durante mais tempo ainda não desapareceram, o que para nós ainda é um grande impedimento para uma valorização das ações e outros ativos de risco", completou.
Os investidores estiveram ainda a avaliar comentários do governador do Banco de Espanha, Pablo Hernandez de Cos, que afirmou que a subida dos encargos financeiros com empréstimos por todo o mundo pode significar que o Banco Central Europeu já fez o suficiente para controlar a inflação.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,34%, o francês CAC-40 valorizou 0,27%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,55%, o britânico FTSE 100 subiu 0,41% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,59%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,2%.
Mais lidas
O Negócios recomenda