Ao minuto26.09.2025

Europa fecha em alta impulsionada por dados dos EUA. Farmacêuticas resistem a anúncio de tarifas

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta sexta-feira.
Kamil Zihnioglu/AP
Negócios 26 de Setembro de 2025 às 17:23
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26.09.2025

Europa fecha em alta impulsionada por dados dos EUA. Farmacêuticas resistem a anúncio de tarifas

Os principais índices europeus fecharam a última sessão desta semana em alta, com o otimismo dos investidores a ser impulsionado pelos dados melhores do que o esperado sobre as despesas de consumo pessoais nos EUA, ofuscando os planos do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas sobre farmacêuticas que não tenham fábricas nos EUA.

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – subiu 0,78%, para os 554,52 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,87%, o espanhol IBEX 35 subiu 1,30%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,96%, o francês CAC-40 avançou 0,97%, o neerlandês AEX somou 0,43% e o britânico FTSE 100 registou ganhos de 0,77%.

As ações europeias têm oscilado entre ganhos e perdas pouco expressivos nos últimos tempos, à medida que os investidores avaliam as perspetivas de cortes nas taxas de juro dos EUA.

No plano das políticas comerciais dos EUA, Trump voltou à carga e anunciou que irá impor uma

Trump indicou que as novas taxas aduaneiras serão aplicadas a partir de 1 de outubro. O republicano detalhou que apenas serão excluídas destas tarifas "se a construção das fábricas já tiver começado".

“Dada a falta de dados, a possibilidade de que apenas um número limitado de medicamentos seja realmente afetado e o risco de que aumentos generalizados de preços possam ter um efeito político contrário ao desejado, evitamos reduzir a exposição ao setor farmacêutico em resposta ao anúncio”, afirmou à Bloomberg o estratega Wolf von Rotberg.

Apesar do anúncio por parte do Presidente norte-americnao, as farmacêuticas europeias acabaram por não ser muito pressionadas, com algumas das maiores empresas do setor, como a Bayer, a GSK, ou a Astrazeneca, a fecharem o dia com ganhos. Já a Novo Nordisk deslizou mais de 3%.

Entre os movimentos do mercado, a STMicroelectronics perdeu mais de 2%, após uma reportagem do Wall Street Journal ter mostrado que a Administração Trump estará a alinhar planos para reduzir a dependência dos EUA de chips fabricados no exterior.

26.09.2025

Juros das dívidas soberanas europeias com alívios em toda a linha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam esta sexta-feira com alívios em toda a linha – depois de ontem terem registado fortes agravamentos -, num dia em que as principais bolsas do Velho Continente fecharam em alta.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 1,9 pontos-base, para 3,166%. Em Espanha a "yield" da dívida com a mesma maturidade caiu 2,4 pontos, para 3,309%.

Já os juros da dívida soberana italiana cederam 2,6 pontos, para 3,578%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa seguiu a mesma tendência e aliviou 3,3 pontos-base para 3,567%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, caíram 2,8 pontos para 2,744%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, registaram a mesma tendência e recuaram 1,1 pontos-base, para 4,744%.

26.09.2025

Dólar recua em dia de dados da inflação

AP/Tatan Syuflana

O dólar segue a negociar com perdas contidas esta sexta-feira, depois de terem sido conhecidos os dados do indicador de inflação preferido da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – desvaloriza 0,32% para os 98,240 pontos.

O índice PCE dos EUA aumentou 2,7% em agosto quando comparado com igual período do ano anterior. O valor foi revelado nesta sexta-feira pelo Gabinete de Análise Económica do Departamento de Comércio dos EUA. Já o índice de preços subjacentes (core) – que exclui os preços da energia e alimentos por serem mais voláteis – subiu 2,9% em agosto numa base anual. Nas variações em cadeia, o PCE avançou 0,3% face a julho e o índice "core" avançou 0,2%.

O valor coloca a inflação ainda acima da meta de 2% ambiciona pelo banco central dos EUA.

Nesta linha, os investidores continuam a apostar que a Fed irá ainda avançar com cortes nas taxas de juro em cerca de 40 pontos-base antes do final de 2025.

Os números da inflação surgem depois de ontem se ter sabido que a economia norte-americana cresceu ao ritmo mais rápido dos últimos dois anos no segundo trimestre deste ano.

A esta hora o dólar recua 0,11% para os 149,630 ienes.

Por cá, a moeda única valoriza 0,19% para os 1,169 dólares. Já a libra avança 0,37% para os 1,339 dólares.

26.09.2025

Ouro sobe, prata em máximos de 14 anos e platina no valor mais elevado em mais de uma década

Michael Probst / AP

O ouro segue em alta esta sexta-feira, sustentado pelas expectativas de novos cortes de juros pela Reserva Federal e pelo aumento da procura por ativos de refúgio. A esta hora, a cotação do metal avança 0,28% para 3.760,02 dólares por onça, depois de ter atingido um máximo histórico de 3.790 dólares no início da semana.

Desde segunda-feira que o metal amarelo acumula uma valorização próxima de 2% e caminha para a sexta semana consecutiva de ganhos, apoiado também pelo fluxo para fundos cotados em bolsa (ETF) e pelas tensões geopolíticas, como as esta quinta-feira e os vários ataques ucranianos contra infraestruturas energéticas russas.

O, reforçando as apostas de que a Fed poderá avançar com mais cortes já em outubro, um cenário a que os investidores atribuem uma probabilidade de quase 90%. “Nada nestes dados vai impedir a Fed de prosseguir com outro corte cauteloso em outubro”, defende Tai Wong, analista independente de metais, à Reuters.

O ouro está em vias de encerrar um terceiro ganho trimestral consecutivo, com os bancos, como o Goldman Sachs, a anteciparem a continuação da tendência, de acordo com a Bloomberg.

Nos outros metais preciosos, a prata sobe 1,44% para 45,77 dólares, atingindo máximos de mais de 14 anos, enquanto a platina dispara 3,23% para 1.578,36 dólares, o nível mais elevado em mais de uma década.

26.09.2025

Petróleo avança e caminha para maior ganho semanal em três meses

Jacob Ford / AP

Os preços do petróleo seguem em alta esta sexta-feira, apoiados pelo agravamento das tensões geopolíticas e pelas restrições impostas por Moscovo às exportações de combustíveis. O West Texas Intermediate, referência americana, avança 0,86% para 65,54 dólares por barril, enquanto o Brent, referência europeia, sobe 0,66% para 69,88 dólares.

Ambas as referências acumulam ganhos superiores a 4% esta semana, o maior avanço desde meados de junho, impulsionados pelos ataques ucranianos contra infraestruturas energéticas russas e pela decisão de Moscovo de manter um corte parcial nas exportações de combustíveis até ao final do ano. “O prémio de risco geopolítico, que vinha a ser construído ao longo dos últimos dois meses, materializou-se agora numa verdadeira escassez de oferta”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM, citado pela Reuters.

A pressão exercida pelos Estados Unidos sobre aliados para reduzirem compras de energia russa, com Donald Trump a exigir a países como Turquia e Hungria que suspendam as aquisições, aumentou as expectativas de novas sanções. “As principais forças a impulsionar os preços são os receios de sanções mais duras contra a Rússia e os riscos de grandes interrupções de produção”, destacou Barbara Lambrecht, analista do Commerzbank, citada pela Bloomberg.

Apesar da valorização, os preços mantêm-se dentro do intervalo de negociação observado desde agosto. A oferta deverá aumentar nos próximos dias com a retoma das exportações de crude do Curdistão para o porto turco de Ceyhan, após mais de dois anos de suspensão.

26.09.2025

Wall Street soma ganhos com dados da inflação. Farmacêuticas avançam após anúncio de tarifas

AP / Richard Drew

Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam com ganhos, após três sessões consecutivas de perdas, depois de ter sido divulgado o indicador preferido de inflação da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O índice de preços das despesas pessoais de consumo (PCE na sigla em inglês) cresceu a um ritmo mais lento no mês passado, dando algum espaço ao banco central para se focar no arrefecimento do mercado laboral dos Estados Unidos (EUA).

O S&P 500 avança 0,18%, para os 6.616,78, o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,12% para os 22.410,60. Já o Dow Jones soma 0,42% para os 46.139,27.

. O valor foi revelado nesta sexta-feira pelo Gabinete de Análise Económica do Departamento de Comércio dos EUA. Já o índice de preços subjacentes (core) – que exclui os preços da energia e alimentos por serem mais voláteis – subiu 2,9% em agosto numa base anual. Nas variações em cadeia, o PCE avançou 0,3% face a julho e o índice "core" avançou 0,2%.

O valor coloca a inflação acima da meta de 2% ambicionada pelo banco central dos EUA.

Nesta linha, os investidores continuam a apostar que a Fed irá ainda avançar com cortes nas taxas de juro em cerca de 40 pontos-base antes do final de 2025.

“Acreditamos que o banco central continua no caminho certo para reduzir novamente as taxas de juro na sua próxima reunião em outubro, uma vez que está claro que a inflação está estável o suficiente para lidar com taxas de juro mais baixas”, disse à Bloomberg Clark Bellin, da Bellwether Wealth. E após quedas de três dias no mercado de ações, os dados são bons o suficiente para atrair compradores, de acordo com David Russell, da TradeStation.

Os dados divulgados nesta sexta-feira também mostraram que os gastos pessoais nos EUA aumentaram em agosto acima do previsto, ilustrando a resiliência do consumidor. O presidente da Fed, Jerome Powell, deixou claro que o banco central continua atento à inflação, já que as tarifas continuam a afetar a maior economia mundial.

No que toca às tarifas da Administração norte-americana, durante a noite de ontem, o Presidente dos EUA, Donald Trump,

Trump indicou que as novas taxas aduaneiras serão aplicadas a partir de 1 de outubro. O republicano detalhou que apenas serão excluídas destas tarifas "se a construção das fábricas já tiver começado". Algumas das maiores farmacêuticas dos EUA, como a Eli Lilly (+1,20%), a Pfizer (+0,74%) e a Merck (+1%), seguem a ganhar terreno.

A Intel, que já vinha a beneficiar de notícias de que , segue a avançar mais de 3%, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que a administração Trump está a ponderar um novo plano para reduzir a dependência dos EUA em relação aos chips fabricados no estrangeiro. A beneficiar disto está igualmente a GlobalFoundries, que valoriza mais de 10% a esta hora.

Entre as “big tech”, a Nvidia sobe 0,38%, a Alphabet soma 1,07%, a Microsoft avança 0,84%, a Meta ganha 0,16%, a Apple recua 1,08% e a Amazon valoriza 0,42%. 

26.09.2025

Euribor sobe a três e seis meses e mantém-se a 12 meses

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três e seis meses e manteve-se a 12 meses em relação a quinta-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,000%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,123%) e a 12 meses (2,179%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,123%, mais 0,014 pontos do que na quinta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se, ao ser fixada de novo em 2,179%, o mesmo valor de quinta-feira.

A Euribor a três meses subiu para 2,000%, mais 0,020 pontos que na quinta-feira.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença em Itália.

Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.

A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

26.09.2025

Bolsas europeias em alta mesmo com novas tarifas sobre farmacêuticas e automóveis

Richard Drew/AP

As principais bolsas europeias recuperam esta sexta-feira das quedas recentes, com destaque para o impulso dado pelos setores financeiro e industrial. Os setores da saúde e automóvel estão em terreno positivo, apesar das

A esta hora, o índice de referência Stoxx 600 avança 0,39% para 552,36 pontos, apoiado por ganhos de 0,46% na banca e 0,53% na industria, segundo dados da Bloomberg. Os seguros (+1,4%) e a construção (+0,6%) também influenciam a negociação positiva.

Entre os principais mercados, o DAX de Frankfurt sobe 0,48% para 23.647,55 pontos, o CAC-40 de Paris valoriza 0,80% para 7.857,83 pontos e o FTSE 100 de Londres soma 0,27% para 9.238,76 pontos. Em Madrid, o IBEX 35 avança 0,37% para 15.209,90 pontos, enquanto em Milão o FTSE MIB sobe 0,48% para 42.443,19 pontos. Lisboa acompanha a tendência, com o PSI 20 a ganhar 0,18% para 7.928,44 pontos e Amesterdão acrescenta 0,27% para 936,86 pontos.

setor da saúde avança 0,11%, , com o setor automóvel também a aumentar 0,71% após os . Apesar do movimento positivo, as novas tarifas pressionaram as ações da Daimler Truck e da Traton, que desceram mais de 2%.

Também o setor do petróleo e gás ganha 0,79%. Nas descidas, o setor tecnológico é o que mais recua, com uma descida de 0,51%, seguido dos recursos básicos, com uma queda de 0,32%.  

26.09.2025

Dólar recua ligeiramente antes de dados de consumo nos EUA mas mantém ganhos semanais

Soeren Stache/AP Images

O dólar está a recuar esta sexta-feira, com o índice do dólar americano (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas a descer 0,16% para 98,396 pontos, após fortes dados económicos norte-americanos terem reduzido as expectativas de cortes adicionais de juros pela Reserva Federal. Ainda assim, o índice caminha para a maior valorização semanal em dois meses.

A agência nota que o , enquanto os pedidos de subsídio de desemprego e os dados de encomendas de bens duradouros e inventários também superaram as previsões. “Quando vemos números como os de quinta-feira, perguntamos: onde está a urgência?”, comentou Gavin Friend, estratega do National Australia Bank, em declarações à Reuters.

A esta hora, o euro sobe 0,04% para 1,1671 dólares, enquanto o iene japonês enfraquece ligeiramente, com o dólar a ganhar 0,03% para 149,85 ienes. A libra esterlina avança 0,01% para 1,3347 dólares, enquanto a divisa suíça negocia em 0,7998 francos suíços por dólar, praticamente estável (+0,01%).

Os investidores aguardam agora os dados do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), a medida de inflação preferida da Fed, que deverão mostrar uma subida mensal de 0,3% e anual de 2,7% em agosto, de acordo com um inquérito da Reuters.

26.09.2025

Juros recuam na Zona Euro. Suíça em contra-ciclo

Markus Schreiber/AP

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar nesta sexta-feira, num dia em que os investidores estão a apostar em opções mais seguras, depois do Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado uma nova ronda de tarifas, aplicadas a e , o que traz novas incertezas ao comércio global.

A Suíça já está a sentir o impacto do anúncio das novas tarifas, pois o país está particularmente exposto às novas imposições americanas. O setor farmacêutico é um dos mais importantes da economia helvética e as tarifas de 100% anunciadas por Trump para medicamentos exportados para os EUA colocam pressão sobre um país que já tem das tarifas de exportação mais altas entre as impostas pelos americanos (39%). O juro da dívida Suíça avança 0,3 pontos-base, para uma rendibilidade de 0,147%, num contexto de alívio entre os pares europeus.

As obrigações alemãs a dez anos, tidas como referência para o contexto europeu, estão a recuar 0,6 pontos-base para uma taxa de 2,766%. Já em França, o recuo dos juros da dívida é de 1,2 pontos-base para 3,587%. Em Itália a descida é de 1,1 pontos-base, para 3,593% de rendibilidade. De sublinhar que as dívidas francesa e italiana continuam muito próximas em termos de rendibilidade, um reflexo das penalizações que França tem tido junto das agências de notação financeira.

A "yield" das obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos caem 0,8 pontos para 3,177%. Espanha acompanha a tendência, com os juros da dívida a 10 anos a recuarem 0,9 pontos-base para 3,324% de juro, num dia em que se soube que a .

No Reino Unido, a rendibilidade das obrigações situa-se nos 4,741%, uma descida de 1,4 pontos-base. Nos EUA, as obrigações seguem a agravar 0,6 pontos para uma taxa de rendibilidade de 4,176%.

26.09.2025

Petróleo encaminha-se para maior ganho semanal em três meses com pressão sobre Rússia

Hakon Mosvold Larsen/AP

O petróleo avança ligeiramente esta sexta-feira, com o West Texas Intermediate, referência americana, a subir 0,20% para 65,11 dólares e o Brent, referência europeia, a valorizar 0,03% para 69,44 dólares mas mantém-se a caminho do maior ganho semanal desde junho, impulsionado por tensões geopolíticas e cortes nas exportações russas de combustíveis.

Os preços do crude acumulam mais de 4% de valorização na semana, apoiados pelos ataques ucranianos contra infraestruturas energéticas russas, que levaram Moscovo a suspender parte das exportações de gasóleo até ao final do ano e a prolongar o embargo à gasolina. “Os ganhos foram sustentados pelos ataques contínuos de drones da Ucrânia, pela decisão da Rússia de travar exportações e pelo alerta da ”, afirmou Tony Sycamore, analista da IG, citado pela Reuters.

A pressão sobre a capacidade de refinação pode obrigar Moscovo a reduzir a produção de crude, com algumas regiões já a enfrentarem escassez de certos combustíveis. Ao mesmo tempo, o regresso das exportações do Curdistão nos próximos dias deverá devolver até 500 mil barris por dia ao mercado global, atenuando parte da escalada de preços, segundo a análise do banco ANZ.

O petróleo segue para um ganho semanal superior a 4%, o maior em mais de três meses, num contexto de pressão diplomática acrescida dos EUA sobre os compradores de energia russa. O presidente Donald Trump instou a Turquia a suspender as compras a Moscovo e discutiu o tema da segurança energética com os líderes da Hungria e da Eslováquia. “A Turquia tem muitas opções, enquanto Hungria e Eslováquia estão de certo modo presas a um único oleoduto”, disse Trump.

O aumento das tensões reforça os riscos de uma subida de preços a curto prazo, mas os analistas lembram que o mercado permanece num intervalo estreito desde agosto, com previsões de excedente para o final do ano devido ao aumento da produção da OPEP+ e de produtores independentes.

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