Bolsas europeias encerram no verde. Setor de petróleo e gás sobe mais de 2%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha com perdas após dados da inflação
- Petróleo com quedas ligeiras antes de novos dados. Preço do gás sobe
- Ouro valoriza à boleia de dólar mais fraco
- Euro valoriza face ao dólar
- Juros mistos na Zona Euro. "Yield" da dívida portuguesa agrava-se
- Europa volta a sorrir com esclarecimentos de governo italiano a darem gás à banca
- Euribor desce a três e 12 meses e sobe a seis meses
- Índices nova iorquinos abrem inalterados. Cautela domina antes da inflação nos EUA
- Ouro praticamente inalterado com investidores à espera da inflação nos EUA
- Euro ganha contra o dólar. China em deflação renova apetite pelo risco
- Juros da Zona Euro agravam-se com maior apetite pelo risco
- Petróleo em máximos do ano com oferta apertada a ofuscar receios com procura chinesa
- Bolsas europeias encerram no verde. Setor de petróleo e gás sobe mais de 2%
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,9%. Isto depois de, na terça-feira, os índices da região terem fechado com quedas, devido a uma fuga ao risco impulsionada por notícias que afetam o setor da banca. Em causa está a criação de um
Na Ásia, a negociação fechou maioritariamente no vermelho, num dia em que os investidores digerem os mais recentes dados da inflação na China. O índice de preços ao consumidor (IPC), o principal indicador da inflação na China, registou uma queda homóloga de 0,3% em julho, num fenómeno designado como deflação.
Isto depois de ontem terem sido conhecidos os dados da balança comercial chinesa, que mostram uma queda nas exportações e importações.
Pela China, Xangai desvalorizou 0,41% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,21%. No Japão, o Topix recuou 0,40% e o Nikkei desceu 0,53%. Já na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,25%.
O petróleo desvaloriza ligeiramente, um dia depois de ter fechado em máximos desde meados de abril com as preocupações sobre uma possível escalada do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Isto porque tal poderia impactar as exportações de crude da Rússia, o que reduziria a oferta.
O travão aos ganhos acontece numa altura em que os investidores aguardam por dados que deverão mostrar um aumento das reservas norte-americanas de petróleo.
O Instituto Americano de Petróleo registou um aumento das reservas em 4,07 milhões de barris na semana passada, segundo revelou fonte com conhecimento do tema à Bloomberg. Se confirmados estes dados pela agência governamental, a Administração de Informação em Energia, esta quarta-feira, trata-se do primeiro aumento em quatro semanas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 0,06% para 82,87 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desliza 0,05% para 86,13 dólares por barril.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, sobe 5% para 32,6 euros por megawatt-hora.

O ouro valoriza, impulsionado por um dólar mais fraco, uma vez que o metal precioso tem uma correlação inversa à divisa norte-americana.
A queda da nota verde, aliada a uma descida da "yield" das obrigações do Tesouro a dez anos, mostrou-se positiva para o metal amarelo, que tende a sair prejudicado "yields" mais altas por não remunerar juros.
O ouro a pronto, negociado em Londres, soma 0,25% para 1.930,10 dólares por onça e a platina valoriza 0,21% para 906,77 dólares, enquanto o paládio cede 0,60% para 1.223,00 dólares. A prata avança 0,31% para 22,85 dólares. A divulgação dos dados da inflação em julho nos Estados Unidos, na quinta-feira, será crucial para o ouro. Uma moderação do aumento dos preços no consumidor poderá tirar pressão à Fed para uma nova subida das taxas de juro - uma ideia que tende a beneficiar o metal precioso.

O euro valoriza face à divisa norte-americana, estando a subir 0,26% para 1,0984 dólares.
A nota verde perde depois de ontem ter beneficiado de dados económicos mais fracos do que o esperado na China, que levaram os investidores a privilegiarem o dólar ao invés da moeda chinesa. Mas uma taxa de referência do "yuan", por parte do Banco Popular da China, mais alta do que o esperado esta quarta-feira está a contribuir para as perdas do dólar.
O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a dez divisas rivais - perde 0,18% para 102,347 pontos.
Os juros das dívidas soberanas negoceiam de forma mista na Zona Euro, num dia em que os investidores mostram um maior apetite pelo risco. O setor da banca, que na sessão de ontem foi o que mais penalizou as bolsas europeias, está esta quarta-feira a recuperar terreno, depois de o governo italiano ter dado mais detalhes sobre a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, garantindo que este não vai ultrapassar 0,1% dos ativos dos bancos.
Os esclarecimentos parecem ter tranquilizado os mercados, com as bolsas europeias a registarem ganhos consideráveis.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 0,5 pontos base para 3,169%, enquanto os juros da dívida italiana aliviam 0,9 pontos base para 4,108%.
A "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, sobem 0,5 pontos base para 2,467%, os juros da dívida espanhola descem 0,1 pontos base para 3,493% e os juros da dívida francesa somam 0,1 pontos base para 2,995%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 1,1 pontos base para 4,366%.
As bolsas europeias regressaram aos ganhos, impulsionadas pela recuperação do setor da banca. O regresso ao verde no setor é liderado pelos bancos italianos, que valorizam depois de ontem terem perdido quase 10 mil milhões de euros em bolsa, à boleia da decisão do governo do país de criar de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários do setor.
Depois do tombo em bolsa, o executivo liderado por Giorgia Meloni prestou mais detalhes, que parecem ter agradado aos mercados. O ministro das Finanças italiano, Giancarlo Giorgetti, assegurou que a contribuição não vai superar 0,1% dos ativos da instituição e que aquelas que já subiram a taxa de juro dos depósitos não serão abrangidos. O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,86% para 462,55 pontos. Os setores dos recursos naturais, da tecnologia e da banca são os que mais valorizam, com crescimentos de 1,66%, 1,55% e 1,28%, respetivamente. Já o setor das viagens é o que mais perde (-0,58%).
O Intesa Sanpaolo e o Unicredit - dois maiores bancos em Itália - somam 3,02% para 2,41 euros e 3,85% para 22,10 euros.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 cresce 1,01%, o francês CAC-40 sobe 1,29%, o italiano FTSE Mib avança 1,71%, o britânico FTSE 100 valoriza 0,73%, o espanhol Ibex 35 pula 1,01% e o AEX, em Amesterdão, cresce 0,74%.
As atenções dos investidores estão agora nos dados da inflação de julho nos Estados Unidos, que serão divulgados na quinta-feira. Este dado irá permitir reunir pistas sobre quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana em termos de política monetária.
A taxa Euribor desceu hoje a três e a 12 meses e subiu a seis meses em relação a terça-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje para 4,053%, menos 0,012 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, avançou hoje, ao ser fixada em 3,927%, mais 0,007 pontos do que na terça-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
A Euribor a três meses baixou hoje, para 3,759%, menos 0,006 pontos, depois de ter subido para um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,765%, na terça-feira.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa

Os principais índices nova iorquinos estão a negociar praticamente inalterados, depois de terem sido ontem penalizados por uma revisão em baixa do "rating" de 10 bancos nos Estados Unidos.
As atenções vão-se transferindo para uma leitura da inflação de junho nos Estados Unidos que permitirá compreender o caminho que a Fed irá optar na reunião de política monetária de setembro. É esperado que a subida dos preços tenha sido de 3,3% em julho, marcando a primeira aceleração desde junho de 2022, segundo um inquérito da Bloomberg.
O índice de referência S&P 500 cede 0,02% para 4.498,45 pontos, o industrial Dow Jones desliza 0,03% para 35.303,05 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,06% para 13.875,87 pontos.
Ainda a centrar atenções estão dados sobre o setor do consumo na China que mostram que a segunda maior economia global entrou em deflação e que os preços dos produtos industriais diminuíram em junho, o que demonstra a dificuldade do país em reanimar a economia, depois da pandemia de covid-19.
Entre os principais movimentos de mercado, a empresa dona de casinos Penn Entertainment ganha 13,37% na abertura, depois de ter anunciado um acordo de dois mil milhões de euros com a Walt Disney para lançar um negócio de apostas desportivas.
A Walt Disney sobe 0,86%, num dia em que apresenta contas, logo após o fecho da sessão.

O ouro está a negociar praticamente inalterado, depois de durante a manhã ter valorizado à boleia de um dólar mais fraco. Estes dois ativos têm uma correlação inversa, pelo que quando um perde o outro, tendencialmente, valoriza.
O ouro a pronto, negociado em Londres, perde 0,03% para 1.924,70 dólares por onça, a platina cede 0,97% para 896,14 dólares e a prata desliza 0,27% para 22,72 dólares, enquanto o paládio soma 0,62% para 1.237,99 dólares. Os Estados Unidos divulgam na quinta-feira como se situou a inflação em julho e este dado poderá beneficiar o ouro caso mostre que o aumento dos preços no consumidor abrandou - algo que reduziria a pressão para uma nova subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Isto porque o metal precioso tende a sair prejudicado em tempos de juros mais altos, uma vez que não remunera rendimentos. A última leitura da inflação nos EUA, relativa a junho, mostrou uma evolução dos preços ao ritmo mais baixo em mais de dois anos, com a taxa a situar-se em 3,1%.
Os Estados Unidos divulgam na quinta-feira como se situou a inflação em julho e este dado poderá beneficiar o ouro caso mostre que o aumento dos preços no consumidor abrandou - algo que reduziria a pressão para uma nova subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Isto porque o metal precioso tende a sair prejudicado em tempos de juros mais altos, uma vez que não remunera rendimentos.
A última leitura da inflação nos EUA, relativa a junho, mostrou uma evolução dos preços ao ritmo mais baixo em mais de dois anos, com a taxa a situar-se em 3,1%.

O euro segue a valorizar face à moeda norte-americana, estando a subir 0,21% para 1,0979 dólares, depois de terem sido divulgados dados que mostraram que a economia chinesa entrou em deflação em julho, o que abre a porta à possibilidade de adicionais estímulos à economia e está a levar os investidores a ativos de maior risco.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a dez divisas rivais - recua 0,07% para 102,46 pontos.
"A aversão ao risco diminuiu até um nível suficiente para moderar a compra do dólar como refúgio. Além disso, a recuperação da 'nota verde' esta semana abriu espaço para a retirada de liquidez antes da leitura da inflação amanhã", explicou à Reuters Joe Manimbo, analista da Convera.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão maioritariamente a agravar-se, num dia em que as bolsas negociaram no verde por os investidores retornarem aos ativos de risco.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiu 3 pontos base para 2,492%, enquanto os juros da dívida pública italiana cresceram 2,2 pontos base para 4,140% e os juros da dívida portuguesa se agravaram em 2,7 pontos base para 3,191%.
Os juros da dívida francesa somaram 3,1 pontos base para 3,025%, ao passo que a "yield" da dívida espanhola subiu 2,6 pontos base para 3,520%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos estiveram em contraciclo e aliviaram 1,4 pontos base para 4,363%.

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, com os cortes adicionais da oferta a ofuscarem os receios em torno da procura por parte da China, que está a sinalizar uma retoma pós-pandemia mais débil do que se esperava – e, atendendo a que é o maior consumidor mundial de petróleo, há a preocupação de poder comprar menos matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1% para 83,75 dólares por barril, nível que não atingia desde novembro do ano passado.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,94% para 86,98 dólares, em máximos de janeiro.
Além do renovado corte da oferta por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), a Arábia Saudita fechou a torneira a mais um milhão de barris por dia pelo menos até final de setembro e a Rússia também anunciou uma redução diária extra de 500.000 barris – e a Argélia de 20.000 barris.
Este aperto da oferta está a influenciar mais o sentimento dos investidores do que o receio de uma menor procura por parte da China. Nem o aumento dos stocks norte-americanos de crude na semana passada retirou otimismo ao mercado – até porque os inventários de gasolina desceram bastante.

As principais praças europeias encerraram a sessão no verde, deixando para trás um dia de perdas, principalmente para os bancos italianos. As clarificações que foram sendo divulgadas esta quarta-feira de que o imposto extraordinário sobre a banca, inicialmente de 40%, apenas iria incidir no máximo sobre 0,1% do total de ativos de um banco, acabou por acalmar o mercado.
O índice milanês FTSE MIB acabou por subir 1,3%, depois de ter registado a maior queda num mês na terça-feira. O UniCredit acabou por ganhar 4,37%, ao passo que o Intesa Sanpaolo ganhou 2,33%.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avançou 0,43% para 460,58 pontos, num dia em que o setor do petróleo e gás liderou os ganhos ao subir 2,3%. Isto depois de os preços do gás negociado em Amesterdão terem chegado a escalar 40%, devido aos receios de escassez de oferta, após ser conhecida a possibilidade de greves dos trabalhadores em algumas explorações na Austrália.
Ainda a influenciar o mesmo setor poderá estar o facto de os preços do petróleo terem ascendido a máximos de nove meses
Também setores como a banca e as telecomunicações registaram bons desempenhos, a subir mais de 1%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,49%, o francês CAC-40 valorizou 0,72%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,3%, o britânico FTSE 100 subiu 0,8% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,57%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,42%.
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