Queda do juro abranda apetite por certificados. Famílias investem 475 milhões em maio
Os certificados de aforro voltaram a captar as poupanças das famílias em maio. Apesar disso, no segundo mês em que estes produtos do Estado deixaram de pagar o juro máximo, houve um novo abrandamento da entrada de capital, segundo revelam os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
Entraram 475 milhões de euros em certificados de aforro em maio, o valor mensal mais baixo desde janeiro. Mesmo assim, o "stock" total a chegar aos 37.498,18 milhões de euros, o que significa que o investimento das famílias voltou a renovar máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do supervisor.
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Determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, a taxa-base dos certificados de aforro segue uma fórmula ditada pela média da Euribor a 3 meses nos 10 dias úteis anteriores (que não pode ser superior a 2,5% nem inferior a 0%). Desde a criação da série atualmente em comercialização, a F, que o juro estava no máximo. Contudo, com o indexante a descer, a taxa-base caiu, em abril, pela primeira vez para 2,41%, uma tendência que se repetiu em maio e, este mês, já está nos 2,07%.
Mais uma vez a entrada de capital nos certificados mais do que compensou a saída nos certificados do Tesouro. Como tem acontecido consecutivamente desde outubro de 2021, este produto continuou a perder atratividade. O "stock" recuou 172 milhões de euros em maio, para um total de 8.972,12 milhões de euros. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em 46.470,30 milhões de euros, após um crescimento mensal de 303 milhões de euros.
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(Notícia atualizada às 11:20)
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