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Software português pelo mundo

A WeDo Technologies, empresa de tecnologia do grupo Sonae, está a crescer em sectores como o retalho, o eléctrico e o financeiro, depois de ter chegado à liderança mundial nas telecomunicações

25 de Julho de 2013 às 10:05
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Rui Paiva | O presidente executivo da WeDo é licenciado em Matemática pela Universidade Nova.

A WeDo Technologies tem como ambição facturar 100 milhões de dólares em 2015, depois de ter facturado 70 milhões em 2012, com um crescimento de 20%. Para atingir este objectivo deu um passo que pode ajudar. Tornou-se no maior fornecedor mundial no mercado agregado de garantia de receita e de gestão de fraude no sector das telecomunicações, segundo dados da Gartner Group. Bate os dois principais rivais, uma empresa indiana e uma israelita, mas também, em casos pontuais empresas americanas e europeias. Mas a WeDo Technologies não quer ser uma empresa mono-sector, por isso actua em sectores como o grande retalho, as grandes eléctricas, a banca e as seguradoras. O objectivo é ser reconhecida como uma empresa produtora de software de "enterprise business assurance" (garantia de receita e garantia de negócio) em todos os sectores em que actua. Certo é que, em 2012, o grande crescimento em número de clientes da WeDo Technologies, cerca de 80%, veio destes sectores, e só 20% da área das telecomunicações.

A WeDo Technologies tem 190 clientes em mais de 80 países e isto também faz com que sejam reconhecidos mais pelos clientes que têm do que pelo facto de serem uma tecnológica de origem portuguesa. Rui Paiva, 48 anos, CEO, explica que "quando alguém se mostra surpreendido por termos fundado a empresa em Portugal, acabamos por tirar partido dessa surpresa inicial para desenvolvermos a relação. Explicamos um pouco mais sobre a fundação da empresa e sobre o caminho que temos feito.

A WeDo Technologies tem 190 clientes em 80 países

e mais de 500 colaboradores.

Ouvimos as perguntas e oferecemos as nossas respostas. Muitas vezes é assim que começa a relação com os nossos interlocutores e a melhor parte é quando os trazemos a Portugal! Adoram o nosso país!" explica Rui Paiva, licenciado em Matemática pela Universidade Nova e com uma carreira feita nas telecomunicações e tecnologias.

Com escritórios em 12 países diferentes em 5 continentes como Austrália, Malásia, Egipto, Angola, Estados Unidos, México e no Brasil, tem um pouco mais de metade da equipa em Portugal, mas esta trabalha e viaja para todo o mundo, é uma autêntica empresa globetrotter. É constituída por mais de 500 colaboradores e, além de portugueses, tem colaboradores espanhóis, mexicanos, egípcios, americanos, ingleses, franceses, etc. num total de 20 nacionalidades. Uma verdadeira empresa multinacional.

 
Vila Galé no Brasil e em Sintra
O Grupo Vila Galé é hoje um dos principais grupos hoteleiros portugueses e conta com 18 unidades em Portugal e 6 no Brasil, com um total de 11 964 camas. Neste país estão a construir o Hotel Vila Galé Rio de Janeiro, na Lapa, no Centro do Rio, com 292 quartos para abrir em 2014 e o VG-Sun, que é um aparthotel com 330 apartamentos ao lado do Vila Galé-Cumbuco, perto de Fortaleza, no Ceará. Em projecto para Portugal têm hotéis em Évora, Santa Vitória - Beja, Tejo (Lisboa) entre outros, estando previsto para Sintra, em 2014, "um projecto inovador com uma componente na área da saúde" como refere Jorge Rebelo de Almeida. O principal executivo da Vila Galé diz que tem "capacidade para adquirir novos hotéis, bem como para fazer a gestão de hotéis de terceiros". Mas acrescenta que mesmo não tendo tido dificuldades de crédito, está-se "numa fase de esforço para utilizar recursos próprios e não recorrer a empréstimos". Hoje as principais dificuldades resultam da diminuição da procura, "mas vão dando para superar com resultados positivos" conforma-se Jorge Rebelo de Almeida. No entanto, nem todas as notícias são más. Depois de 4 anos seguidos de redução da ocupação e do preço, este ano assiste-se a uma ligeira subida em relação a 2012. O grupo tem ainda uma componente imobiliária turística, através do fundo imobiliário Vila Galé, e agrícola com Santa Vitória Vinhos e Azeites e SV Frutas. Depois da saída da família Ruivo, os actuais accionistas são Jorge Rebelo de Almeida com 45,7%, José Silvestre Lavrador (17,1%), Maria Helena Jorge (17,1%), FCR da Caixa Capital (10%).
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