Investidores ricos aumentam exposição ao mercado cambial para se protegerem
Os investidores estão a tentar proteger-se das questões geopolíticas e da incerteza que paira no ar. Para tal, estão a canalizar uma parte significativa dos seus investimentos para dinheiro, segundo o UBS.
O UBS realizou um inquérito a investidores abastados, concluindo que os mais ricos passaram a deter níveis de dinheiro nas suas carteiras mais elevados. O banco de investimento admite que estes investidores ter-se-ão tornado demasiado cautelosos, de acordo com a Bloomberg.
O UBS revela que 32% dos portefólios dos investidores mais riscos está alocado ao mercado cambial, segundo um inquérito realizado entre 10 e 28 de março e que foi realizado em 17 países. Na Ásia e na América Latina 36% dos investimentos estão alocados a cambial, na Suíça são 31% e no resto da Europa 35%. Só os EUA têm um valor inferior: 23%.
"O dinheiro é um ativo seguro para uma estratégia de liquidez, mas mais arriscado a longo prazo", salientou Paula Polito, do UBS. "Vemos níveis elevados de [investimento] em dinheiro em todo o mundo. Esta é uma boa altura para os investidores avaliarem um portefólio mais diversificado", acrescentou.
O UBS revelou ainda que entre os inquiridos, 42% têm intenção de aumentar os seus investimentos, enquanto 17% prevê reduzir os seus investimentos. A principal preocupação apontada pelos investidores da América Latina é a inflação, enquanto na Ásia é a guerra comercial e nos EUA são "as políticas" do país.
O inquérito realizado pelo UBS incluiu 3.600 investidores com pelo menos um milhão de dólares investidos em ativos e donos de negócios com, pelo menos, receitas anuais de 250 mil dólares e um ou mais funcionários.
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