A minha economia: Paulo Furtado
Óculos escuros, rosto pálido. Colete-blazer preto, cachecol branco. Preto e branco, como as fotografias que tira nos quartos de hotel quando parte em "tournée" e que irão fazer parte das caixas de artista de "Gone", projecto que Paulo Furtado apresentou no Porto, com a Inc.
- Partilhar artigo
- ...
Edições, há duas semanas. Paulo Furtado criou The Legendary Tigerman para poder ser mais do que um homem a criar um universo. E agora precisa de voltar a criar Paulo Furtado para ser um homem só a criar múltiplos universos. A música dele não é preto no branco, é também cinema e fotografia e "performance". Preto no branco é a vontade de ser melhor, não só como artista, mas como cidadão. Preto no branco é saber que quando voltar da próxima viagem, Portugal pode ter mudado ainda mais, o seu público pode ter diminuído, mas que ainda que se desça da montanha, outras serão subidas. Preto no branco é saber que aquele Paulo Furtado, aquele que terá sido economista num universo paralelo, não deve ter sido muito bem sucedido. Preto no branco é trabalhar muito, muito, sempre, sempre, pelas razões certas.
Mais lidas