A nave vermelha
Os bens culturais deixaram de ser um investimento de elite. Pelo contrário, são actualmente activos acessíveis e disputados em mercados competitivos de todo o mundo. No entanto, ao contrário dos produtos financeiros, a informação sobre este tipo de bens continua a estar encerrada num círculo restrito de conhecedores. Semanalmente, o Negócios irá contrariar esta tendência, revelando a informação privilegiada de um verdadeiro "insider"*, que, finalmente, acedeu a partilhar o que sabe.
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Como escrevem os teóricos do tema, o espaço é fundamental porque é realmente a última dimensão geográfica do exercício do poder, mas também porque aceder a este e dominá-lo exige uma quantidade absurda de investimento e de conhecimento tecnológico, científico e industrial, ou seja de poder real. É isto que os chineses estão a mostrar, que estão ao nível dos americanos e dos russos, os antigos participantes na guerra espacial. Deste modo, temos assim os foguetões Long March, as naves Shenzhou e os laboratórios espaciais Tiangong a substituir as antigas referências. No campo do investimento, o que interessa neste momento é saber se os chineses estão no espaço através de um programa sólido e com duração no tempo. Se assim for, é tempo de começar a comprar. As regras mantém-se, apesar da mudança de "player". Antes de tudo o mais, o valor está nas primeiras peças, isto é nos primeiros foguetões, naves, rampas de lançamento e estações chinesas. O que interessa adquirir são os planos de construção, exemplos da tecnologia, e, claro, se tal for possível, peças dos veículos, ou seus sobressalentes. Num patamar inferior surgem os artigos de maior "visibilidade", como os capacetes e fatos dos taiko, e toda a propaganda material. A linha de investimento deve manter-se ao longo do tempo. Cada veículo que concretize um triunfo, que cumpra a missão a que está destinado, é um veículo com infinitas partes que irão atingir um valor desmesurado. Ao mesmo tempo, o investidor prudente não deverá esquecer que a valorização do programa chinês traz a desvalorização das peças americanas e russas, fazendo diminuir o seu valor.
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