Andrea Petrini: “Depois de uma pandemia, quem precisa de ‘rankings’ gastronómicos?
A revista Time chamou-lhe “fazedor de estrelas” e a Vogue nomeou-o como “Deus da comida”. É “o homem mais temido da gastronomia” ou “o escritor que come chefs ao pequeno-almoço”. Provocador, disruptivo, sem rodeios, este italiano residente em Lyon assume-se como um conservador de esquerda e teme pela democracia. Insiste que a pandemia alterou tudo. “Os grandes restaurantes serão tão anedóticos como é a alta-costura hoje em dia”
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Os quatro cinemas, as três livrarias e as lojas de discos independentes que existiam na pequena cidade de Falconara, no Sul de Bolonha, em Itália, não lhe foram indiferentes. Começou precisamente pelas críticas literárias e musicais, mas foi na gastronomia que atingiu o estrelato. Andrea Petrini é um dos mais respeitados e temidos críticos da gastronomia mundial, conhecido por todos os chefs famosos, fundou o "ranking" The World’s 50 Best Restaurants, lançou os World Restaurant Awards e organiza o evento Gelinaz. Critica o "status quo", irrita-se com a visão mesquinha e mostra-se incomodado com a falta de criatividade e de originalidade. Provocador, disruptivo, sem rodeios, o italiano residente em Lyon assume-se como um conservador de esquerda e teme pela democracia. Insiste que a pandemia alterou tudo. Diz que a gastronomia não será mais a mesma e que os restaurantes não podem parar no tempo.
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