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Claire Messud: “A vida não é um videojogo”

11:00

“Sou uma escritora; conto histórias. Claro que, no fundo, quero salvar vidas. Ou, mais simplesmente: quero salvar a vida”, escreve Claire Messud no prólogo do livro “Esta Estranha e Acidentada História”, um “Guerra e Paz dos séculos XX e XXI”, como descreve a escritora chinesa Yiyun Li. Neste romance, nomeado para o Giller Prize e para o Booker Prize, a autora norte-americana, neta de franco-argelinos, inspira-se nas vidas dos antepassados e retrata as suas histórias e a História, entre 1940 e 2010. Parte dos diários do avô, que era adido naval na Grécia quando Paris caiu nas mãos dos alemães e foi chamado para a resistência francesa. Acompanha depois várias gerações que vivem em modo itinerante à procura de uma pátria. “Enquanto escritora de ficção, o que realmente me interessa é a forma como as pessoas vivem e experienciam o quotidiano; interessam-me as ‘pequenas’ vidas. Há uma citação maravilhosa que a escritora britânica Penelope Fitzgerald usa como epígrafe no seu romance ‘A Flor Azul’. É uma frase do poeta e aforista Novalis. Basicamente, diz que a literatura existe para preencher as lacunas da História. Portanto, com este livro, não quero propriamente fazer uma declaração política; quero mostrar que o mundo em que vivemos não é muito distante do passado. As grandes questões – como a migração, os nacionalismos e as lutas religiosas – estiveram sempre connosco”.

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