Este islandês "comum", como se auto-denomina, conseguiu financiamento para um documentário junto de uma mecenas e decidiu percorrer meio mundo, passando pelas ilhas Caimão e pela ilha de Tortola, nas Caraíbas, à procura do dinheiro que teria sido colocado pelas empresas islandesas em paraísos fiscais. Nunca o encontrou. Entrevistou políticos, homens das finanças, consultores e analistas. Gunnar Sigurdsson avançou com o seu projecto após a queda do antigo primeiro-ministro conservador, Geir Haarde, que acabaria por ser acusado, e mais tarde absolvido, da prática de negligência na gestão da crise na Islândia. "O meu filme é mais ou menos uma história pessoal. Não é político. Apenas abri os olhos em relação à crise e percebi que tinha fazer algo", afirma Gunnar Sigurdsson, em conversa com o Negócios. O realizador esteve recentemente em Portugal, onde participou numa sessão de debate sobre o filme no Fórum Municipal do Seixal, organizado pelo Centro Cultural Nuno Álvares e pela Câmara Municipal do Seixal.