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Escritoras Esquecidas: Celeste Andrade e a absoluta necessidade de dizer o que se pensa

Publicou um livro nos anos 50, que foi, nas décadas seguintes, rapidamente esquecido, mas é uma pequena pérola da literatura portuguesa. “Grades Vivas” tocava em temas que ninguém abordava, como o aborto ou a violência contra a mulher. Depois, seguiu o marido na carreira diplomática e, quando quis regressar à vida de escritora, de volta a Portugal, nunca conseguiu ter a atenção que merecia.

28 de Dezembro de 2019 às 11:00
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1. A revista tem a data de 16 de julho de 1955. Nela, vê-se uma mulher com um rosto delicado, nariz arrebitado, lábios bem desenhados. Aparecem várias fotografias: ela a ler, vestida com uma camisola de gola alta que podia ser de hoje. Ela num escadote, a arrumar um livro na prateleira mais alta de uma parede forrada a livros, vestida com uma saia a meio da perna como já não se usa. Ela a coser, sentada numa poltrona, enquanto o marido está sentado à secretária, absorto na máquina de escrever. Ela a fazer um tapete de Arraiolos que lhe cai dos joelhos e se espalha aos seus pés.

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