Grécia: Afinal, o que poderá vencer: o medo ou o cansaço?
A Grécia e os gregos estão sob pressão. A última crise política que se abateu sobre o país traz medos antigos como o da saída do euro. O discurso de pressão favorece ou prejudica o Syriza? Será que a saturação da austeridade é mais relevante do que o medo do imprevisto?
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Os gregos "já demonstraram que não têm medo do desconhecido", garante, em início de conversa, o grego Theofanis Exadaktylos, professor de Políticas Europeias na Universidade de Surrey, no Reino Unido. Já Paschos Mandravelis, politólogo e colunista do jornal helénico Ekathimerini, diz que "muitos gregos têm medo de prejudicar a relação com a União Europeia". A pressão sobre o eleitorado grego, tendo como ponto de mira as eleições parlamentares antecipadas para 25 de Janeiro, já se faz sentir, restando ainda perceber como vão os gregos reagir na hora de preencher o boletim de voto. Será uma decisão entre dois estados de espírito: o medo do desconhecido que pode representar a eleição do partido anti-austeridade Syriza ou o cansaço face à austeridade imposta pelos dois memorandos assinados com a troika.
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