Nacionalismos na era global
Na era da globalização, as identidades nacionais não se fundiram nas identidades globais. A era da globalização até parece ter acentuado, de alguma forma, os discursos nacionalistas. Exacerbados em altura de crise. Veja-se uma Europa com instintos proteccionistas. Olhe-se para os países da América Latina, da Argentina ao Brasil, a reforçarem palavras de ordem patrióticas. Cada vez mais.
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O caso argentino, com a recente decisão de nacionalizar os 51% detidos pela Repsol na companhia petrolífera YPF, veio reavivar ainda mais a discussão em torno das políticas nacionalistas seguidas por vários países desde o início da crise. Em França, a presidente argentina, Cristina Kirchner, encontrou um admirador. O candidato sensação das presidenciais francesas, Jean-Luc Mélenchon, veio propor, em campanha, que a França seguisse o caminho da Argentina, sugerindo a nacionalização da energética Total. Quase ao mesmo tempo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, decidira avançar com a nacionalização da Transportadora de electricidade, filial da Rede Eléctrica Espanhola.
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