A Índia ocupa um lugar cada vez mais central na economia mundial e poderá tornar-se uma das três nações mais ricas até 2050. O Ocidente deve acompanhar a sua ascensão e, acima de tudo, procurar manter o país como aliado na batalha global contra o autoritarismo, aponta o académico britânico Paul Flather, estudioso da Índia, onde viveu na infância e onde ainda tem muitos familiares. É filho da Baronesa Shreela Flather, a primeira mulher asiática a receber um título de nobreza vitalício no Reino Unido, e descendente de Sir Ganga Ram, engenheiro e filantropo indiano que fundou hospitais e escolas no seu país. Foi secretário-geral do Europaeum, consórcio que reúne universidades europeias, e um dos fundadores da Central European University (CEU). Investigador do Mansfield College, Paul Flather trabalhou também como jornalista e, nos anos 1980, participou em atividades da Jan Hus Educational Foundation, organização criada em Oxford para apoiar uma rede de educação clandestina na antiga Checoslováquia. Flather foi um dos oradores do Estoril Political Forum e estará no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, dias 24 e 25 de outubro, numa palestra dedicada à Índia contemporânea.