TAP: O primeiro dono privado
Muito antes de Humberto Pedrosa e David Neeleman, a TAP teve accionistas privados. O primeiro foi António de Medeiros e Almeida. Entre 1955 e 1960, o milionário português controlou 50% do capital da companhia, que depois trocou pela SATA. Pelo caminho, teve conversas com Salazar para ser presidente da TAP.
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"A gente não está aqui para queimar dinheiro." As palavras proferidas por David Neeleman, num português abrasileirado com sotaque americano, vão fazer parte do novo capítulo da história da TAP, que se começou a escrever no dia 24 de Junho de 2015, com assinatura do acordo de venda de 61% do capital da transportadora aérea ao consórcio Gateway. O acordo foi rubricado às 9h15 da manhã, no Ministério da Finanças, pelos ministros Maria Luís Albuquerque e António Pires de Lima, em nome do Governo, e pelos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman. Após a cerimónia oficial, os dois novos donos da TAP atravessaram o Terreiro do Paço para dar uma conferência de imprensa na Pousada da Praça do Comércio, inaugurada no início do mês pelo grupo Pestana. Eram esperados por quatro dezenas de jornalistas e repórteres fotográficos, 11 câmaras de televisão e respectivos operadores, preparados para registar as explicações do português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro, e de David Neeleman, um norte-americano nascido no Brasil, fundador da JetBlue e maior accionista da Azul, uma companhia aérea brasileira.
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