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Um mercado pleno de oportunidades

Com características muito próprias, o mercado açoriano leva empresas e profissionais a adaptarem-se às especificidades locais, sempre de olho na sustentabilidade.

16 de Fevereiro de 2023 às 13:45

Numa altura de desafios permanentes e nem sempre fáceis de antecipar, o que ter em conta do lado das organizações? A segunda mesa-redonda do 5.º Fórum Ordens Profissionais da Ageas Seguros procurou saber através do painel o que "estarão as empresas preparadas para os desafios da sustentabilidade?"

Francisco Bettencourt, presidente da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Economistas, começou por apontar os desafios de levar profissionais qualificados até à região insular: "Não é uma questão fácil. Também por isso, temos de apostar mais na formação e na qualificação das pessoas que já estão nas ilhas, diversificando os seus saberes."

Foi também isso que fez Joana Damião Melo, founder e owner do Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel, aberto desde 2021 em pleno período pandémico. O espaço procura assegurar, a quem o escolhe, "um serviço de excelência mais ligado às tradições dos Açores e ao conceito de sustentabilidade". No entanto, admitiu, "nem sempre tem sido fácil encontrar profissionais qualificados na região". Joana Damião Melo sabe que o fator remuneratório "não é tudo", tendo apostado também "numa proposta de valor em que se respeita a própria vida pessoal de cada um e também se aposta fortemente na vertente da formação profissional e treino on the job". De resto, Joana Damião garante que o Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel, "está a fazer um forte investimento neste campo, ao longo de 2023". Atualmente, o espaço conta com "seis profissionais chegados diretamente do continente", mas que estão recetivos "a novos elementos".

Hotel ecofriendly

Apostados em manter o conceito de sustentabilidade bem vivo no hotel, o espaço assegura uma oferta de produtos "feitos na própria ilha, totalmente sustentáveis, como sabonete de ananás ou de pêssego, pensados sempre de acordo com a época do ano".  Uma ideia que agrada "à larga maioria dos clientes, muito dispostos a aderir ao conceito e, até mesmo, a levar produtos semelhantes disponíveis na nossa loja".

Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal sabe que "a existência de pessoal qualificado é essencial para o sucesso" na caminhada rumo a uma sustentabilidade mais efetiva. Mas outros fatores devem também ser tido em conta como "assegurar todo o ecossistema da saúde, transportes, turismo, entre outros".

Andreia Carreiro, diretora de Inovação Estratégica na Cleanwatts, vive há alguns meses nos Açores e considera que "esta foi uma opção acertada" até mesmo porque lhe permite "estar envolvida em todo um sistema de inovação a partir do arquipélago". A sua empresa trabalha na criação de comunidades energéticas "semelhantes às que existem já no continente, e que visam ajudar a combater a pobreza energética e a garantir um acesso mais fácil aos consumidores". Ao mesmo tempo, estas comunidades permitem também "responder às necessidades das empresas com a energia, face ao aumento dos preços".

Andreia Carreiro explica que "no continente os pedidos neste campo estão a disparar", mas nos Açores "o projeto é ainda muito embrionário, não existindo vontade da iniciativa privada para avançar".  Na base desta realidade, poderá estar o facto de "o setor ser ainda regulado" sendo que Andreia Carreiro fala na possibilidade de "surgirem novos comercializadores ao abrigo das próprias comunidades". Uma comunidade de energia solar "garante uma cobertura de 500 metros quadrados", refere a mesma responsável. A diretora de Inovação Estratégica na Cleanwatts acredita que "dentro de um ano existirá nos Açores a primeira comunidade energética".

Nelson Jerónimo, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros, defende que "a sustentabilidade é não só um desafio como também um imperativo, já que o planeta não vai conseguir aguentar o ritmo atual por muito mais tempo".

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