António Costa diz que críticas de Juncker à troika são "sábias"

O secretário-geral do PS considerou hoje "sábias" as críticas do presidente da Comissão Europeia à troika, fazendo votos para que representem uma oportunidade para os Governos travarem o caminho para o "precipício".
António Costa
Bruno Simão/Negócios
Lusa 19 de Fevereiro de 2015 às 16:40

"A declaração do presidente Juncker é sábia e espero que seja bem escutada e compreendida pelos diferentes Governos, que têm aqui uma grande oportunidade de uma vez por todas, de travarem este caminho para o precipício, de assumirmos de uma vez por todas que há um problema na Europa, que não é um problema exclusivamente grego e que é tem de ser resolvido de uma forma solidária", afirmou o secretário-geral socialista, António Costa, num comentário às declarações do chefe do executivo comunitário.

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Na quarta-feira, o luxemburguês Jean-Claude Juncker afirmou que a troika "pecou contra a dignidade" de portugueses, gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o modelo e não repetir os mesmos erros.

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Sublinhando que estas afirmações são também uma confissão da política do fracasso da estratégia que tem sido seguida, já que do ponto de vista económico, social e político já se tinha verificado que o programa não tinha resultado, António Costa apontou o momento atual como "um momento de viragem em Portugal e na Europa".

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"O que disse o presidente Juncker é a pedra que faltava para encerrar definitivamente este ciclo político", declarou, dizendo esperar que os governos europeus saibam compreender "a profundidade da mensagem do presidente Juncker", em particular o executivo português que tem sido "ultra campeão" da política que fracassou.

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"Este é um momento de viragem em Portugal e também na Europa", insistiu, em declarações aos jornalistas à saída de um encontro com legisladores Luso-Americanos, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

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Questionado sobre a situação na Grécia, o líder do PS reiterou que a Europa não pode desperdiçar a oportunidade de "aprender com os erros", já que o que tem acontecido naquele país e em Portugal só demonstra que "esta política fracassou".

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"Não há Europa que se fortaleça com este fracasso económico e com esta situação de drama social que estamos a produzir", referiu, considerando que só pode pensar o contrário quem desvalorize o que significa o aumento da pobreza, do desemprego e da estagnação económica.

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