Inflação trouxe benefício de 9,3 mil milhões aos Orçamentos de 2022 e 2023
Um estudo elaborado pela Área de Monitorização e Supervisão Orçamental do Conselho das Finanças Públicas (CFP), revela que o aumento da inflação beneficiou os mais recentes Orçamentos do Estado do Governo socialista de António Costa em 9,3 mil milhões de euros relativos a impostos e contribuições adicionais, avança o ECO esta terça-feira.
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Por anos, o aumento dos preços em Portugal acabou por aumentar a receita fiscal e contributiva do Estado em mais 3,8 mil milhões, em 2022, e de 5,4 mil milhões de euros, em 2023, um cenário que o autor do estudo avisa que não irá repetir-se. isto porque, "nos próximos anos, os exercícios de programação orçamental terão de se confrontar com taxas de crescimento da receita mais próximas da real dinâmica dos agregados macroeconómicos subjacentes".
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Neste momento, o Estado já registou dois meses consecutivos de défice. Em abril, o saldo negativo disparou sete vezes para quase dois mil milhões de euros.
"Com a expectável moderação do ritmo de crescimento das remunerações e dos preços dos bens e serviços no ano de 2024 e seguintes, a margem para obtenção de acréscimos na receita desta magnitude tenderá a ser mais reduzida", refere o mesmo estudo
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Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a receita em impostos e contribuições sociais, atingiu os 87.301,8 milhões de euros, em 2022, e os 94.963,8 milhões de euros, em 2023, o que se traduz numa carga fiscal de 36% e de 35,8%, respetivamente.
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