Acordo de financiamento para reabilitação do Corredor do Lobito foi assinado nos EUA

O acordo entre os bancos de desenvolvimento dos EUA e África do Sul permite financiar em 753 milhões de dólares a Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária responsável pela exploração da linha ferroviária, integrada pela Mota-Engil.
Ricardo Viegas d’Abreu, ministro dos Transportes de Angola
César Muginga/Novo Jornal
Negócios 17 de Dezembro de 2025 às 23:59

O acordo de financiamento para a modernização e reabilitação do Corredor do Lobito, no valor de 753 milhões de dólares, foi assinado nos EUA esta quarta-feira, assinalou o ministério dos Transportes angolano. Este é “um projeto estruturante para Angola, para a região da África Austral e para a conectividade económica global”, refere o ministério em comunicado.

O financiamento foi assegurado pela US International Development Finance Corporation (DFC) e pelo Development Bank of Southern Africa (DBSA) à Lobito Atlantic Railway (LAR), que será a concessionária responsável pela exploração da linha ferroviária, integrada pela Mota-Engil. A operação “constitui a primeira transação entre Angola e a DFC e, simultaneamente, o maior financiamento alguma vez concedido pela DFC em África no setor”.

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O financiamento permitirá a reabilitação e modernização de cerca de 1.300 quilómetros de linha férrea, que liga o Terminal Mineiro do Porto do Lobito a Luau, na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC). Além da via férrea, o investimento será aplicado em oficinas, sistemas de sinalização e material circulante, “reforçando significativamente a capacidade, eficiência e fiabilidade do corredor logístico”, assinala o comunicado.

"O Corredor do Lobito posiciona Angola como um pilar de estabilidade e integração regional, transformando o país numa plataforma logística e de exportação com relevância estratégica para as maiores economias mundiais”, sublinhou o ministro dos Transportes angolano, Ricardo Viegas D’Abreu.

O Corredor do Lobito permite ligar diretamente a região mineira do “Copperbelt”, na RDC e na Zâmbia, e os mercados internacionais, através do Oceano Atlântico, "desempenhando um papel central na diversificação e resiliência das cadeias de abastecimento globais", refere ainda o comunicado.

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