Barões do PSOE pedem revisão da Constituição e referendo à monarquia
Os socialistas espanhóis, a braços com a substituição do líder, Alfredo Pérez Rubalcaba, começam também agora a falar sobre a necessidade de exigir uma mudança na constituição e um referendo à monarquia, também ela em pleno processo sucessório, com a abdicação, esta segunda-feira, 2 de Junho, do rei Juan Carlos a favor do filho.
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Os jornais espanhóis de hoje dão conta das movimentações dentro do PSOE que tomam uma dimensão cada vez maior. De acordo com o El Pais, na reunião desta segunda-feira, realizada à porta fechada, nomes como os de Ximo Puig, secretário geral dos socialistas valencianos, Francina Armengol, líder das Baleares, ou José Ramón Gómez Besteiro, dos socialistas da Galiza, defenderam uma reforma da Constituição e não afastaram a discussão sobre o futuro da monarquia.
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"Com a reforma da Constituição, há que fazer um referendo, que legitimaria a Filipe como Rei", afirmou Ximo Puig, citado pelo El Pais. "Há que ser audazes", afirmou, sublinhando que "cada geração pode decidir que modelo de sociedade quer".
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Rubalcaba, que se demitiu da liderança do PSOE na sequência da derrota nas eleições europeias de 25 de Maio, tenta ainda pôr água na fervura e, segundo o diário El Mundo, moderar aquilo a que o jornal chama já uma "revolta interna contra a monarquia".
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Logo na segunda-feira, quando foi conhecida a decisão do rei, o secretário-geral da juventude socialista, Nino Torre, exigiu que o PSOE promova um referendo "não vinculativo", que permita conhecer a opinião dos espanhóis sobre a forma do Estado, se querem continuar com a monarquia ou preferem a república.
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Alfredo Pérez Rubalcaba pede moderação no debate e garante que o PSOE não vai romper o pacto constitucional. Na sequência da sua demissão, foi convocado um congresso extraordinário do PSOE para 19 e 20 de Julho, do qual sairá o novo líder socialista espanhol.
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