Bloco de Esquerda: Manutenção Rui Pedro Soares no cargo era "insustentável"
O BE considerou hoje que a renúncia de Rui Pedro Soares do cargo de administrador da Portugal Telecom (PT) era "a solução que se esperava", depois das dúvidas instaladas terem tornado "insustentável" a sua permanência no cargo.
"É a solução que se esperava, era expectável. Esta demissão tinha de existir, era inadiável", afirmou a deputada do BE Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT anunciou hoje que o administrador da PT Rui Pedro Soares renunciou ao cargo.
Reagindo a este anúncio, Catarina Martins lembrou o "clima de dúvida que se tem instalado sobre as tentativas do Governo interferir na TVI através da PT", considerando que, "independentemente do que se venha a apurar sobre as dúvidas que estão instaladas", a permanência de Rui Pedro Soares no cargo se "tornava insustentável".
Na carta de renúncia a que a Lusa teve acesso, Rui Pedro Soares garantiu que nunca teve qualquer "comportamento indevido" e que não praticou actos "lesivos dos interesses" da operadora.
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Na carta enviada ao conselho de administração da Portugal Telecom, Rui Pedro Soares afirma que decidiu renunciar ao cargo de administrador "para não estar limitado no exercício" dos seus direitos de defesa em relação às "calúnias" de que diz ter vindo a ser alvo publicamente.
Rui Pedro Soares, 36 anos, era administrador executivo da PT desde 2006, tendo iniciado em 2009 um segundo mandato.
Rui Pedro Soares tinha a tutela da PT Associação de Cuidados de Saúde, que gere os cuidados de saúde do grupo, bem como a administração imobiliária e a segurança, para além dos patrocínios institucionais e das relações com autarquias.
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