Casa Branca: Mais de 100 detidos nas fronteiras devido a decreto anti-imigração

A Casa Branca defendeu este domingo a aplicação do decreto de Donald Trump anti-imigração que desde sexta-feira levou à detenção de 109 pessoas nas fronteiras e impediu cerca de 200 pessoas de voarem para os Estados Unidos.
Reuters
Negócios com Lusa 29 de Janeiro de 2017 às 18:04

A ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano na sexta-feira pouco antes das 17:00 locais (22:00 em Lisboa) proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.

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Os cidadãos daqueles sete países que possuem uma autorização de residência permanente ('green card') nos Estados Unidos "não são afectados", disse hoje ao canal NBC o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, adiantando, no entanto, que poderão ser questionados aprofundadamente à sua chegada ao país. 

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O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, indicou que dos 325.000 estrangeiros que chegaram aos Estados Unidos no sábado "109 pessoas" passaram por um controlo reforçado. Para "garantir que as pessoas que deixamos entrar no nosso país vêm com intenções pacíficas", declarou hoje ao canal ABC.

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"Não queremos deixar que se infiltre alguém que procure prejudicar-nos. É tudo. Sei que em alguns casos isto vai causar inconvenientes", adiantou.

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Cerca de 200 outras pessoas foram impedidas de embarcar para os Estados Unidos, segundo disse a conselheira de Donald Trump Kellyanne Conway hoje num programa do canal Fox News.

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Sean Spicer justificou a ausência de um anúncio prévio que conduziu a uma situação caótica nos aeroportos, em particular em Nova Iorque, pela necessidade de "garantir que as pessoas não chegassem em massa antes de ser aplicado (o decreto)".

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Segundo o jornal New York Times, no sábado à noite 81 pessoas tinham obtido autorização para entrar nos Estados Unidos após as "verificações extremas".

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Esta decisão de Trump avivou o clima de tensão, com muitas manifestações contra esta nova ordem executiva, especialmente nos aeroportos, como foi o caso em Nova Iorque, São Francisco e Dallas. No sábado à noite houve protestos no aeroporto JFK, em Nova Iorque, naquela que é uma das principais entradas de passageiros de voos internacionais no país.

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No Facebook há relatos de pessoas - como Andy Culley - cujos cônjuges são oriundos de alguns desses sete países e que estavam fora e estão agora a ter dificuldades em regressar aos EUA – uma vez que muitas companhias aéreas estão já a aplicar a medida.

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Um outro caso que está a ganhar bastante dimensão é o do realizador iraniano Asghar Farhadi, cujo filme "The Salesman" (O Vendedor) está nomeado para os Óscares, na categoria de melhor filme estrangeiro, e que deverá falhar a cerimónia devido a esta ordem executiva. Farhadi já venceu um Óscar, em 2011, na mesma categoria, com o filme "A Separação".

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