PS diz que Moedas sabe qual "a única decisão a tomar" para "manter coerência política" após acidente
Ventura exige "averiguação dos factos" e uma "consequência clara" do acidente do elevador
Já é conhecida a nacionalidade dos 16 mortos do acidente do Elevador da Glória
Vistorias de 24 horas foram reduzidas para inspeções de 30 minutos
Passageiros dos ascensores da Carris aumentaram 27% em 10 anos
Destroços do elevador removidos durante a noite
CIL: "É imprescindível um apuramento rigoroso de todas as responsabilidades"
Marcelo espera apuramento de causas do acidente "o mais rápido possível"
Gabinete de investigação prevê publicar relatório preliminar sobre acidente em 45 dias
SNS: Seis feridos continuam em estado crítico
Santa Casa confirma morte de quatro trabalhadores da instituição no acidente com elevador
PJ: Um alemão, dois canadianos, um ucraniano e um norte-americano estarão também entre as vítimas mortais
MP: Cinco portugueses, dois coreanos e um suíço entre as vítimas mortais do acidente
“Lisboa vai ter o seu elevador da Glória”, garante presidente da Carris
Manutenção dos elevadores foi adjudicada por cinco meses em ajuste direto
Presidente da Carris quer que causas sejam apuradas o mais rapidamente possível
Carris reitera que manutenção foi seguida escrupulosamente. "Segurança tem sido prioridade"
Sindicatos dos transportes pedem inquérito às causas
Primeiro-ministro britânico apresenta condolências a Portugal
Montenegro lamenta "uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente"
Elevador foi alvo de inspeção na manhã do acidente
Há que apurar as causas para evitar novos casos, apela Ahresp
Empresa da Maia nega responsabilidade pela manutenção do Elevador da Glória
Associação da Baixa Pombalina pede trabalho para "restabelecer confiança"
Proteção Civil de Lisboa corrige vítimas mortais para 16
Montenegro: "Esta é uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente"
Seguro do elevador é da Fidelidade. Seguradora lança linha 24h
Moedas pede à Carris investigação ao acidente. "A cidade precisa de respostas"
Governo da Madeira manifesta pesar e solidariedade às famílias das vítimas
Carris lamenta morte de funcionário
Dois funcionários da Santa Casa mortos no acidente do elevador da Glória. Sete colaboradores feridos
Comissão Europeia: "Os nossos pensamentos estão com a população de Portugal"
Médicos asseguraram resposta "graças à dedicação de profissionais exaustos", diz FNAM
PCP pede reunião extraordinária a Moedas na Câmara Municipal de Lisboa
António Costa apresenta condolência às vítimas do acidente no elevador da Glória
Espanha manifesta solidariedade. Feridos espanhóis já tiveram alta
Elevadores da Bica, Lavra e Graça com funcionamento suspenso
Presidente do Parlamento Europeu diz que acidente "abalou profundamente a Europa"
Número de vítimas mortais sobe para 17
Número de mortos sobe para 16
Primeiro morto identificado. Judiciária afasta mão criminosa
Líder do PS exige apuramento de responsabilidade "a todos os níveis hierárquicos"
Sobe para 23 o número de feridos do acidente do Elevador da Glória
PS diz que Moedas sabe qual "a única decisão a tomar" para "manter coerência política"
Gabinete de investigação adia para sábado divulgação de nota sobre descarrilamento do elevador da Glória
PS-Lisboa exige apuramento das responsabilidades do acidente para restabelecer confiança pública
Manutenção de elétrico assegurada "escrupulosamente", diz Carris
Ascensor da Glória é notícia nos principais jornais internacionais
Instituto do Sangue reforçou reservas nos hospitais
Turismo de Portugal expressa "profunda comoção e consternação" com descarrilamento
Ordem dos Engenheiros disponibiliza apoio técnico
EUA, Israel e diversos países europeus solidários com Portugal
PS diz que Moedas sabe qual "a única decisão a tomar" para "manter coerência política"
O líder parlamentar socialista defendeu que o presidente da Câmara de Lisboa "sabe qual é a única decisão" a tomar "para manter a coerência política" depois de, em 2021, ter exigido a Fernando Medina que se demitisse.
"O engenheiro Carlos Moedas sabe que, em consciência e em coerência, não tem muitas alternativas e por isso percebo o incómodo, o momento é de grande, grande tristeza, mas nós conhecemos bem aquilo que Carlos Moedas exigiu ao presidente da Câmara Fernando Medina, e por isso eu penso que a consciência dele lhe pede, em coerência com aquilo que disse, que tome uma decisão", respondeu Eurico Brilhante Dias aos jornalistas no final de uma reunião com o Governo.
O líder parlamentar do PS foi questionado sobre a posição assumida hoje pelo ex-líder do PS Pedro Nuno Santos, que defendeu que o presidente da Câmara de Lisboa devia assumir responsabilidades políticas na sequência do acidente do elevador da Glória.
"As decisões às vezes são difíceis, mas o engenheiro Carlos Moedas sabe qual é a única decisão que tem pela frente para manter a coerência política", sustentou.
Eurico Brilhante Dias escusou-se a comentar a posição de Pedro Nuno Santos e assinalou que estava a falar em nome pessoal.
"Apenas direi que o engenheiro Carlos Moedas sabe que não devemos exigir aos outros aquilo que não estamos preparados para cumprir", começou por responder.
Gabinete de investigação adia para sábado divulgação de nota sobre descarrilamento do elevador da Glória
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiou para sábado a divulgação da nota informativa sobre as constatações iniciais ao acidente com o elevador da Glória, em Lisboa.
“Atendendo a que, como é do conhecimento público, a remoção dos veículos e destroços envolvidos no acidente se prolongou por toda a noite e madrugada e que o GPIAAF teve também a necessidade de acompanhar, esta tarde, diligências adicionais promovidas pelo Ministério Público, que terminaram há pouco, não é possível proceder hoje à publicação da Nota Informativa. A sua publicação será feita durante a tarde de amanhã, sábado”, explicou esta tarde à agência Lusa, fonte deste organismo público.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos.
Na quinta-feira, o GPIAAF, em conjunto com outras entidades, concluiu as perícias no local do descarrilamento, tendo remetido informações para hoje sobre as constatações iniciais e a orientação que a investigação irá prosseguir.
Fontes do setor ferroviário explicaram anteriormente à Lusa que, desde agosto de 2023, que o GPIAAF apenas dispõe de um investigador para este setor, e que, desde março deste ano, que o organismo aguarda que o processo de admissão de um segundo investigador para o setor tenha autorização por parte do ministério das Finanças.
Em conferência de imprensa realizada na quinta-feira com várias entidades, na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador do GPIAAF assegurou que será analisado “tudo o que seja relevante para a investigação”.
Nelson Oliveira recusou comprometer-se com um prazo final para a conclusão da investigação, reiterando que apenas pode prometer um relatório preliminar no prazo de 45 dias e que o tempo de elaboração do relatório final “dependerá dos meios com que o GPIAAF venha a ser dotado, entretanto”.
“Deve ficar também claro que a admissão de um ou dois investigadores não resolve as situações de imediato, porque um investigador para ser formado necessita de dois anos. Mas eu não me queria alongar sobre esta matéria, este não é o momento nem o local. Nós estamos num dia de luto nacional e municipal devido a este trágico evento”, explicou este responsável.
Nelson Oliveira mostrou-se convicto de que “seguramente o Estado, através do Governo, irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios de que necessita, porque o respeito às vítimas que houve este incidente assim o exige”.
A Lusa remeteu várias questões ao Ministério das Infraestruturas, de quem depende diretamente o GPIAAF, nomeadamente, se conhece a situação atual do Gabinete no que a recursos humanos diz respeito, e como é que classifica a realidade deste organismo, responsável pelas investigações aos acidentes ferroviários em Portugal.
Na quinta-feira, o ministério respondeu que o GPIAAF “é uma instituição que tem respondido sempre que solicitada no âmbito das suas competências”, lembrando que “ainda há cerca de uma semana emitiu o relatório sobre as causas da queda do helicóptero no rio Douro que vitimou 5 militares da GNR/Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS)”.
“Desde o primeiro minuto, o GPIAAF está a acompanhar o acidente com o ascensor da Glória, estando a investigar as suas causas. Essa investigação foi iniciada quando estiveram reunidas as condições para desenvolver as perícias, o que, nestas situações, só é recomendável depois de terminadas as operações de socorro das vítimas”, indicou o Ministério das Infraestruturas.
Quanto ao “reforço dos recursos humanos” do GPIAAF, a tutela adianta que “está em fase de finalização”.
PS-Lisboa exige apuramento das responsabilidades do acidente para restabelecer confiança pública
O PS na Câmara de Lisboa defendeu esta sexta-feira que o acidente com o elevador da Glória exige do município "uma atuação firme, transparente e diligente", desde o apoio às vítimas ao apuramento de responsabilidades, para restabelecer a confiança pública.
"A dimensão desta tragédia confere ao presente momento uma responsabilidade pública institucional que é sem precedentes. Estamos perante a tragédia do século e impõe à Câmara Municipal de Lisboa uma atuação firme, transparente e diligente, percebendo-se bem que há um antes e um depois deste acidente e que o futuro da confiança pública depende da forma como forem apuradas as causas e assumidas as responsabilidades por parte do município", afirmou o vereador do PS Pedro Anastácio, em declarações à agência Lusa.
O descarrilamento do elevador da Glória ocorreu na quarta-feira à tarde e provocou 16 mortos e mais de 20 feridos, de várias nacionalidades.
Nos primeiros momentos que se seguiram ao acidente, a vereação do PS optou por "alguma contenção" na prestação de declarações, "face à gravidade do evento", pronunciando-se agora com a apresentação de medidas para responder à tragédia de forma "célere e transparente", como a criação de um gabinete municipal de apoio às vítimas, com apoio psicológico, assistência jurídica, coordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e atribuição de apoio para despesas imediatas.
"A criação de um memorial na Calçada da Glória" é outra das medidas do PS, indicou o socialista, referindo que a proposta também se centra no apuramento de responsabilidades sobre o acidente, solicitando à empresa municipal Carris, responsável pela gestão do elevador da Glória, que disponibilize "no prazo de 24 horas" todos os contratos associados a este equipamento de transporte público, inclusive do ajuste direto para assegurar a prestação de serviços de manutenção.
O PS propõe ainda a criação de uma comissão externa de auditoria, que inclua as universidades, para "avaliar o cumprimento das obrigações contratuais, fiscalização dos serviços prestados e padrões de manutenção dos ascensores e funiculares de Lisboa".
A proposta da vereação do PS vai ser apresentada na reunião extraordinária de câmara, agendada para segunda-feira, que tem como ponto único o acidente com o elevador da Glória.
Pedro Nuno defende que Moedas deve assumir responsabilidades políticas
O ex-líder socialista Pedro Nuno Santos defendeu hoje que o presidente da Câmara de Lisboa deve assumir responsabilidades políticas pelo acidente no Elevador da Glória, considerando que Carlos Moedas "é prisioneiro" das suas declarações sobre Fernando Medina.
"Tenho visto algumas pessoas tentarem evitar o inevitável: a assunção de responsabilidades políticas pelo atual Presidente da CML. Moedas é prisioneiro das suas próprias declarações em 2021, quando exigiu a demissão de Fernando Medina", escreveu, nas redes sociais, o deputado e ex-secretário-geral do PS.
Pedro Nuno Santos recordou que, aquando da partilha de dados de manifestantes anti-Putin pela Câmara de Lisboa com a Rússia, Carlos Moedas dizia então que "era necessário um novo tipo de políticos, os que assumiam as suas responsabilidades, mesmo perante um 'erro técnico'".
"Sobre responsabilidade política, para sabermos quem a tem neste caso, não é preciso esperar por nenhuma investigação", defendeu.
Ressalvando que não se sabe se este acidente teria sido evitado se não tivesse havido a externalização da manutenção, o antigo ministro das Infraestruturas concorda com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Telecomunicações -- Fectrans quando esta considerou "necessária uma avaliação séria, numa área tão critica como é a da segurança".
"A Fectrans sempre foi contra a externalização da manutenção. A manutenção é mais eficaz quando beneficia do conhecimento acumulado, transmitido por sucessivas gerações de trabalhadores", apontou.
Para Pedro Nuno Santos será importante "saber quais as qualificações e experiência dos trabalhadores encarregues da manutenção, bem como o seu vínculo à empresa de manutenção".
"Também na CP, o governo de Cavaco Silva autonomizou a divisão de manutenção com a criação da EMEF, para depois, já no governo de Passos Coelho, tentar privatizá-la. Felizmente não conseguiram. Nós, em finais de 2019, reintegramos a EMEF na CP e reforçámos a manutenção da CP com a contração de mais técnicos e com a reabertura das oficinas de Guifões", acrescentou.
Ventura exige "averiguação dos factos" e uma "consequência clara" do acidente do elevador
O presidente do Chega, André Ventura, exigiu nesta sexta-feira consequências para o acidente do Elevador da Glória que fez 16 vítimas mortais e vários feridos.
"A liderança da oposição a nível nacional deve exigir ao Governo e à Câmara Municipal de Lisboa uma averiguação dos factos e que levem a consequência clara. Para garantir que não voltaremos a ter acidentes como este", sublinhou André Ventura, em declarações aos jornalistas.
"A imagem de Lisboa e do país não pode ficar afetada perante uma tragédia desta dimensão", considerou ainda o líder do Chega.
André Ventura traçou depois uma linha clara, dizendo que apesar de este ser o momento de tratar e de apoiar as vítimas, "olhar para o lado e achar que nenhuma responsabilidade deve ser assacada é um erro". "Homenagear as vítimas, aqueles que faleceram ou estão feridos, é garantir a responsabilização daqueles que levaram a este trágico acidente que poderia ter sido evitado, segundo os especialistas que já conseguimos ouvir", acrescentou Ventura.
O porta-voz do Chega lembrou que tinha sido feita uma inspeção ao elevador no próprio dia do acidente, na quarta-feira, 3 de setembro, e que "pedir responsabilidade não é aproveitamento político, pedir responsabilidade é uma exigência".
"Nos momentos de crise não se tem apenas palavras de solidariedade. Existe responsabilidade, existe consequência, é essa a diferença para um país de terceiro mundo", considerou.
Já é conhecida a nacionalidade dos 16 mortos do acidente do Elevador da Glória
Cinco portugueses, três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadianos, um ucraniano, um americano, um suíço e um francês. São estas as nacionalidades das 16 vítimas mortais do acidente do Elevador da Glória, segundo a informação divulgada nesta sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ).
No total, são 11 as vítimas estrangeiras do acidente que afetou o popular ascensor da Calçada da Glória.
Quanto às vítimas mortais portuguesas, um era funcionário da Carris e quatro eram funcionários da Santa Casa da Misericórdia.
A Polícia Judiciária adianta também que um cidadão alemão dado, na quinta-feira, como sendo uma das vítimas mortais, está afinal internado no Hospital de São José. Esta informação só foi apurada durante a madrugada.
A identificação das vítimas mortais foi feita em conjunto com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
Passageiros dos ascensores da Carris aumentaram 27% em 10 anos
Os três ascensores da Carris – Glória, Bica e Lavra – foram utilizados no ano passado por mais de 1,48 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 27,3% face aos 1,16 milhões que aquelas infraestruturas da cidade de Lisboa contabilizavam há uma década, revelam dados da empresa municipal.
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Destroços do elevador removidos durante a noite
Os destroços do elevador da Glória, resultantes do acidente desta quarta-feira que matou 16 pessoas, já foram retirados do local. A remoção dos destroços aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira, com os trabalhos a terem tido início ainda ao início da noite de quinta-feira.
O elevador destruído foi transportado num camião e foi levado para Tires, em Cascais, onde vão prosseguir as vistorias.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai revelar, nesta sexta-feira, os primeiros dados da investigação conhecidos.
CIL: "É imprescindível um apuramento rigoroso de todas as responsabilidades"
A Comissão Coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa (CIL) criticou esta sexta-feira o 'outsourcing' dos serviços de manutenção da Carris, no quadro do acidente que envolveu o Elevador da Glória.
Num comunicado, a CIL defendeu que os serviços de manutenção da Carris devem ser executados por trabalhadores da empresa "e não por 'outsourcing', que só visam o lucro".
A comissão dá como exemplo o Metro de Lisboa: "Veja-se a vergonha de haver tantas escadas rolantes inoperacionais, algumas há anos".
"É imprescindível que se realize um apuramento rigoroso e transparente de todas as responsabilidades", defendeu a CIL, incluindo "os aspetos técnicos relacionados com a manutenção, inspeção e operação do equipamento".
Além disso, a comissão exigiu uma análise das "decisões e políticas adotadas pela gestão da Carris e pela Câmara Municipal de Lisboa".
A CIL apontou para "a desafetação de quatro milhões de euros na rubrica da mobilidade (desinvestimento na Carris) na 24ª alteração do Orçamento para 2024 e a atribuição de um financiamento com o mesmo valor à Web Summit".
É necessário esclarecer "se as opções estratégicas e orçamentais autárquicas garantem aos trabalhadores e aos utentes dos transportes públicos em Lisboa um serviço público seguro e digno", defendeu a comissão.
A CIL exigiu que "esta tragédia sirva de alerta para a correção urgente das falhas que vierem a ser identificadas".
O Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.
A CIL manifestou o "mais profundo pesar pela trágica morte" do guarda-freio da Carris no acidente, "bem como pela situação das restantes vítimas e feridos".
O Governo decretou um dia de luto nacional, cumprido na quinta-feira.
O Elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
O historial de manutenção e supervisão do ascensor será analisado exaustivamente pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que vai contar com ajuda externa na investigação.
Na quinta-feira, o coordenador do GPIAAF, Nelson Oliveira, disse que será analisado "tudo o que seja relevante para a investigação".
Será analisado não só o projeto inicial do ascensor, como a sua posterior eletrificação e "sucessivas melhorias e renovações", mas sobretudo o historial de manutenção e fiscalização, disse Oliveira.
"Há muito historial, quer do funcionamento, mas principalmente de qual é o regime de manutenção a que está sujeito, o regime de supervisão, de fiscalização por entidades externas", disse.
Nesta análise inclui-se também "a formação das pessoas que fazem as intervenções, os contratos que existem de prestação de serviços com os prestadores externos à Carris".
Marcelo espera apuramento de causas do acidente "o mais rápido possível"
O Presidente da República afirmou esta quinta-feira esperar que "o apuramento das causas do acidente com o elevador da Glória, em Lisboa, aconteça "o mais rápido possível", nos planos jurídico e técnico.
"Quando se fala de causas, estamos a falar, por um lado, do esclarecimento do quadro jurídico que envolve um processo e, por outro lado, de causas técnicas, factos, que venham a ser apurados relativamente ao que aconteceu. Quanto mais rápido isso for, naturalmente, melhor será para todos nós. E finalmente, aprender para o futuro, prevenir para o futuro", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
O chefe de Estado falava à saída da Igreja de São Domingos, tendo junto a si, um pouco atrás, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, no fim de uma missa em memória das vitimas do acidente de quarta-feira, que provocou 16 mortos e vários feridos com gravidade.
A seguir, o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa foram a pé desde o Largo de São Domingos até perto do local do acidente de quarta-feira, na Calçada da Glória, onde depuseram ramos de flores.
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