Espanha quer aumentar salário mínimo para 60% do salário médio em 2023

Governo espanhol quer aumentar remunerações mais baixas para 1.000 euros mensais ainda este ano, para que os trabalhadores não percam poder de compra. Para 2023, propõe uma nova subida para que o salário mínimo chegue a 60% do valor do salário médio.
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Joana Almeida 12 de Janeiro de 2022 às 13:50

Enquanto em Portugal se debate como deve ser aumentado o salário médio, o Governo espanhol anunciou que quer subir, este ano, o ordenado mínimo para 1.000 euros mensais e aprovar um novo aumento em 2023. O objetivo é que os salários mais baixos atinjam 60% do valor do salário médio já no próximo ano.

A medida consta da agenda reformista apresentada esta terça-feira pelo Governo liderado por Pedro Sánchez, onde estão listadas as prioridades legislativas para este ano. A subida do salário mínimo é a grande bandeira do Executivo e deverá ser a primeira iniciativa que o Ministério do Trabalho vai levar a Conselho de Ministros.

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Com o salário mínimo espanhol atualmente fixado nos 965 euros, a proposta do Executivo de Pedro Sánchez é de que haja uma subida de 35 euros. A iniciativa será discutida com os parceiros sociais, numa altura em que os sindicatos têm vindo reclamar esse aumento para que os trabalhadores espanhóis não percam poder de compra.

Caso a proposta venha a avançar, o salário mínimo deverá aumentar ainda em janeiro. Porém, ainda não se sabe se terá efeitos retroativos a dia 1.

A discussão sobre o aumento salarial não deve, no entanto, ficar por aí. O Governo quer ainda este ano regressar às negociações com a concertação social para garantir que, no próximo ano, o salário mínimo atinge 60% do salário médio, adotando assim a recomendação prevista na Carta Social Europeia no que diz respeito aos salários.

O valor final do salário mínimo proposto pelo Governo para 2023 poderá situar-se entre 1.011 e 1.049 euros por mês, estando dependente da evolução salarial, segundo os cálculos feitos pelo jornal espanhol El Expansión.

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A agenda reformista de Pedro Sánchez inclui um total de 368 iniciativas políticas a realizar até ao próximo ano, como é o caso da revisão da lei da indústria para atualizar a lei de 1992 que foi "ultrapassada pelas circunstâncias", novas leis na área da habitação e o desenvolvimento do 5G.

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