Governo aprova agenda nacional para IA. Pode contribuir com 2,7 pontos percentuais no PIB

O ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, reiterou que Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas de IA, adiantando que a Agenda Nacional de IA conta 32 iniciativas.
Gonçalo Matias apresentou agenda nacional para IA
Miguel Baltazar/Jornal de Negócios
Lusa 04 de Dezembro de 2025 às 18:46

O Governo aprovou esta quinta-feira a Agenda Nacional da Inteligência Artificial (IA) que visa colocar a tecnologia "ao serviço do bem público e competitividade do país", afirmou o ministro Adjunto e da Reforma do Estado.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Gonçalo Matias reiterou hoje que Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas de IA, adiantando que a Agenda Nacional de IA conta 32 iniciativas.

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"Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas na inteligência artificial", salientou o governante, nomeadamente "na adoção" da tecnologia na Administração Pública e nas empresas.

Gonçalo Matias referiu que o país tem um "ponto de partida de desvantagem", quer da Europa, como dos Estados Unidos.

"Portugal está muito atrás da média da União Europeia, isso significa uma grande margem de crescimento", prosseguiu o ministro, que referiu que a IA pode contribuir para o Produto Interno Bruto (PIB) com 2,7 pontos percentuais.

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Esta contribuição, de acordo com o documento apresentado, é para um cenário de adoção rápida de IA no período 2023-2030.

A Agenda Nacional de IA assenta "em quatro eixos", acrescentou o governante.

O primeiro é infraestrutura e dados, que visa desenvolver capacidade computacional e economia de dados robusta, reduzindo a dependência externa, seguida da inovação e adoção, em que "é muito importante que as pequenas e médias empresas [PME] tenham acesso a novas tecnologias", acrescentou Gonçalo Matias.

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Este eixo desenvolve programas específicos de apoio às PME para que possam beneficiar da IA, disse.

Outro eixo é o talento e competências, com "capacidade de atração e retenção de talento", prosseguiu, e o último responsabilidade e ética, "que não se pode descurar", disse.

O ministro Adjunto e da Reforma do Estado defendeu que é preciso "promover um ecossistema de inteligência artificial responsável" e "regulatório eficaz".

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A IA "traz problemas éticos e regulatórios e eles têm de ser tratados", enfatizou.

A Agenda Nacional de IA é operacionalizada através de 32 iniciativas, abrangendo todo o ecossistema -- universidades, centros de investigação, empresas e Administração Pública.

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