Sobrecarga nos serviços poderá obrigar a suspensão de via verde para imigrantes

Proposta do Governo prevê que a suspensão seja aplicada "à totalidade ou parte dos territórios de origem", para atenuar a pressão sobre os serviços públicos e o acumular de processos na AIMA. Objetivo do Governo é aprovar acordo-quadro antes das eleições antecipadas.
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Foto: João Cortesão pessoas, população, demografia, imigrantes
Negócios 13 de Março de 2025 às 08:57

O Governo quer fechar, ainda antes das eleições, um acordo-quadro com os patrões que prevê que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) possa suspender a chamada "via verde" destinada a agilizar a contratação de trabalhadores imigrantes, por motivos de sobrecarga nos serviços ou razões de segurança, revela esta quinta-feira o Público.

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Essa suspensão pode ser aplicada "à totalidade ou parte dos territórios de origem". A medida tem como finalidade atenuar a pressão sobre os serviços públicos, bem como o acumular de processos, dado que, com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a AIMA ficou com cerca de 450 mil processos pendentes.

A proposta do Governo, enviada aos patrões no final de fevereiro, prevê também que o regime de vistos rápidos possa ser estendido não só aos setores com necessidades prementes de mão de obra. A ideia é que esse regime possa ser acedido também por empresas a título individual, desde que cumpram determinados requisitos, depois de o fim do regime de manifestação de interesse ter desagradado os patrões.

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As confederações patronais enviaram contributos para que possam ser avaliados pelo Executivo de Luís Montenegro que, apesar de ter caído com o chumbo da moção de confiança no Parlamento, quer concluir e aprovar o acordo-quadro antes das eleições antecipadas, previstas para maio.

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