Governo vai propor nova taxa sobre a rotatividade
Na entrevista, de que a Visão publicou hoje um excerto, o primeiro-ministro refere que a Taxa Social Única (TSU) não vai sofrer alterações, explicando que vai existir um agravamento das contribuições "das empresas que abusem da precariedade na sua contratação".
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"Haverá uma taxa que incidirá sobre as empresas que abusem da rotação em relação ao respectivo sector. Existem sectores que, como o turismo ou agricultura, pela sua natureza, têm que ter um maior número de contratações a termo que outros sectores", explicou.
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António Costa disse ainda que as propostas a apresentar na Concertação Social incidem também no alargamento do espaço da contratação colectiva, "prevendo-se que o chamado banco de horas individual seja eliminado" e passe a ser objecto de Acordo de Empresa ou negociação colectiva.
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À margem da tomada de posse dos novos órgãos sociais da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, recusou apresentar mais detalhes aos jornalistas.
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"O Governo irá apresentar amanhã o conjunto de propostas que decorrem do debate que existiu ao longo dos últimos meses, e que vai continuar a existir", afirmou o governante, acrescentando que assumiu o compromisso de apresentar a proposta "no seu conjunto" aos parceiros sociais.
Para Vieira da Silva, "numa área com esta dimensão e complexidade, há um conjunto de propostas que vão ser apresentadas e elas têm de ser vistas no seu todo".
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O ministro do Trabalho recusou ainda que se trate de um novo imposto: "Estamos a falar de criar estímulos para que as empresas possam adaptar o seu comportamento a uma realidade em que não tenha tanto peso: a instabilidade das carreiras profissionais, principalmente dos jovens".
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Sobre as declarações do primeiro-ministro, Vieira da Silva disse apenas que António Costa se limitou a "citar um ponto do programa do Governo, com toda a naturalidade".
No Programa do Governo está previsto "agravar a contribuição para a Segurança Social das empresas que revelem excesso de rotatividade dos seus quadros em consequência da excessiva precarização das relações laborais".
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O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apresenta na sexta-feira na reunião da Concertação Social as propostas para limitar os contratos a termo e dinamizar a contratação colectiva, com centrais sindicais e confederações patronais a defenderem posições distintas.
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