Preço do pão ameaçado com aumentos na energia e nas matérias-primas
Muitas empresas de panificação do país estão preocupadas com a escalada dos preços das matérias-primas e da energia, admitindo que a indústria "vai ter de reagir" a este aumento de custos. O alerta foi deixado por três associações do setor ao Diário de Notícias, nesta terça-feira, 2 de novembro.
Embora a componente social do setor seja "muito forte", António Fontes, presidente da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN), admite que pode ser necessário aumentar o preço do pão. O preço do pão mantém-se no geral inalterado, "mas estamos a preparar esse aumento".
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"Se não refletirmos no preço de venda os aumentos dos custos de produção cria-se uma situação muito delicada nas empresas", sublinha por sua vez Hélder Pires, presidente do conselho fiscal da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP).
Também José Palha, presidente da Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), avisa que todos os indicadores apontam para o espoletar de "uma tempestade perfeita". Os preços do trigo mole [para produção de pão] e de trigo duro [para fabrico de massas e rações] estão historicamente altos, não há memória destes preços", diz.
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