Presidenciais: Carneiro propõe apoio do PS a Seguro que representa "socialismo democrático"
O secretário-geral do PS propôs à Comissão Nacional o apoio do partido ao candidato presidencial António José Seguro, considerando que é quem representa o "campo do socialismo democrático" num "tempo especialmente exigente".
Na abertura da Comissão Nacional do Partido Socialista, que decorre este domingo em Penafiel, distrito do Porto, José Luís Carneiro anunciou esta proposta conjunta com o presidente do PS, Carlos César, sublinhando que "é o PS e só o PS que determina o tempo político das suas decisões".
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Ao destacar "as provas dadas" de António José Seguro, o líder do PS considerou que o tempo atual é "especialmente exigente" e só a resposta do socialismo democrático, da autêntica social-democracia, poderá responder".
"Quem representa esse campo do socialismo democrático é o António José Seguro", justificou.
Carneiro deixou claro que esse apoio, que terá agora que ser decidido pela Comissão Nacional do PS, "em nada poderá colocar em causa a liberdade dos dirigentes, dos militantes, dos simpatizantes". "Sempre tiveram, e continuarão a ter, respeito da parte de quem dirige o Partido Socialista pela sua liberdade de opção, no respeito por uma liberdade que se exprime perante uma eleição que tem uma natureza muito especial, muito singular, que é a eleição presidencial", assegurou.
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Quando anunciou esta resolução, que será agora apreciada na reunião que segue à porta fechada pelos dirigentes da Comissão Nacional do PS, ouviu-se uma longa salva de palmas na sala. "António José Seguro, além de ter sido secretário-geral dos jovens socialistas, foi também secretário-geral do nosso Partido. Tem provas dadas, no serviço aos valores democráticos e aos valores constitucionais. Como deputado, esteve na origem de uma das importantes reformas do Parlamento, foi secretário do Estado da Juventude, foi ministro-adjunto do primeiro-ministro António Guterres e deputado ao Parlamento Europeu", indicou.
O secretário-geral do PS salientou que os socialistas estão "a cumprir escrupulosamente três compromissos" assumidos, desde logo "o tempo de decisão", depois das eleições autárquicas, e também que seria em "sede própria", ou seja, "no órgão mais importante entre os congressos".
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"O respeito pelo tempo de maturação de quem decidiu avaliar se reunia ou não as condições para avançar com uma candidatura. Aos que o fizeram, procurando o secretário-geral do PS, o anterior e este, eu quero agradecer a correção com que o fizeram e o respeito que manifestaram pelo Partido Socialista porque fizeram-no na reserva desse diálogo, sem que do seu teor se pudesse ter conhecimento na opinião pública", acrescentou, referindo que conta "com essas pessoas que decidiram não avançar para continuarem a servir o nosso país em diferentes funções".
(Notícia atualizada às 17h11)
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