Primeiro-ministro japonês diz que tarifas dos EUA são "lamentáveis"
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, considera que a aplicação de 25% de tarifas pelos EUA como "verdadeiramente lamentável". O país asiático foi um dos visados pelas cartas enviadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira.
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A declaração do líder japonês foi proferida após uma reunião com um grupo de trabalho criado para lidar com a questão das tarifas. "Vamos manter negociações com os EUA para explorar a possibilidade de conseguirmos um acordo mutuamente benéfico e que proteja os interesses nacionais", acrescentou Shigeru Ishiba, citado pela publicação Kyodo News.
Um destes "interesses nacionais" é o setor automóvel, com marcas como a Toyota e a Honda a poderem sair fortemente prejudicadas pela aplicação das novas tarifas.
O primeiro-ministro disse ainda que dependendo da forma como o Japão decidir responder à aplicação das tarifas pelos EUA, isso poderá influenciar, positiva ou negativamente, os passos seguintes das negociações com os norte-americanos. "Infelizmente, ainda não alcançamos um acordo e existem diferenças entre nós. O Japão tem evitado fazer concessões fáceis ao mesmo tempo que exige e protege o que considera necessário", acrescentou o líder japonês.
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Se o Japão não perdeu tempo na reação à imposição de tarifas pelos EUA, outros países visados ainda estão a preparar as respetivas respostas. Segundo a CNBC, a Coreia do Sul estará a tentar negociar "rapidamente" com os EUA uma exceção aos setores automóvel e do aço para "resolver algumas incertezas".
Já o vice primeiro-ministro da Tailândia, Pichai Chunhavajira, disse estar "um pouco chocado" com as tarifas impostas pelos EUA, mas garante que se mantém "confiante" em alcançar um acordo mais positivo (para a Tailândia, as tarifas são de 36%).
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Também a Malásia disse estar a negociar com os EUA no sentido de chegar a um acordo "mutuamente benéfico", segundo o ministro do Comércio.
Por fim, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, considerou a imposição de tarifas de 30% sobre o país como sendo uma representação errada da balança comercial dos dois países, lembrando que 77% dos bens exportados dos EUA para a África do Sul não têm qualquer tarifa.
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