Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos decide não avançar com greve
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) decidiu hoje não avançar para uma greve, optando por esperar pela nova proposta do Governo para a revisão das carreiras especiais da Direcção-Geral dos Impostos.
"Nós não vamos travar nenhuma luta com a administração. Esperamos que a proposta que nos vai ser apresentada nos transmita alguma serenidade e algum avanço", disse hoje o presidente do STI, Hélder Ferreira, no final de uma reunião com a estrutura nacional no sindicato.
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"Recusamos também um braço-de-ferro com o Governo. Não vamos colocar o senhor ministro das Finanças entre a espada e a parede", acrescentou.
Desta forma, o STI prefere esperar pela apresentação de uma nova proposta do Governo para a revisão das carreiras, que deverá chegar aos sindicatos no próximo dia 4 de Setembro, e onde Hélder Ferreira exige que seja contemplada a atribuição do vínculo por nomeação a todos os trabalhadores e não apenas às chefias. "Esta proposta do vínculo aos chefes de finanças mais não é do que uma tontice de verão. Jamais aceitaremos a divisão dos colegas dos impostos", defendeu o presidente do STI.
Na reunião negocial que decorreu na passada segunda-feira no Ministério das Finanças a intenção de atribuir o vínculo por nomeação apenas a quem desempenha cargos de chefia, e apenas em situação de comissão de serviço foi confirmada aos sindicatos pelos membros do executivo presentes no encontro.
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Para o STI o vínculo por nomeação, uma protecção dada pelo Estado aos trabalhadores no exercício das suas funções, não é algo negociável. Hélder Ferreira adiantou que novas decisões estão dependentes do que for decidido na reunião das estruturas nacionais do sindicato, marcada para 08 de Setembro, um dia depois da reunião no Ministério das Finanças onde será discutida a nova proposta governamental.
Caso as reivindicações do STI não sejam tidas em conta, a hipótese de convocar uma greve nessa altura não está posta de parte. Entre o Governo e sindicatos do sector dos impostos decorrem negociações para a revisão das carreiras especiais da Direcção-Geral dos Impostos, com a revisão salarial e o vínculo por nomeação no centro da discussão.
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