Exportações de bens têm pior crescimento desde 2009
Apesar do final de ano forte, a venda de bens ao exterior desiludiu em 2014. O crescimento homólogo de 1,9% é o mais baixo desde 2009 e segue a tendência dos últimos cinco anos, com desacelerações consecutivas das saídas de produtos. Os números publicados segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre 2010 e 2014, observaram-se as seguintes variações homólogas das exportações: 17,6%, 14,9%, 5,6%, 4,5% e 1,9%.
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Depois de as saídas de bens terem afundado 18,4% em 2009 na sequência da crise financeira de 2008, Portugal assistiu a uma recuperação forte nos dois anos seguintes, com crescimentos acima dos dois dígitos. Em 2012 e 2013 houve lugar a um arrefecimento significativo, mas ainda com variações fortes. Em 2014, as exportações voltam a desacelerar.
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É também preciso recuar até 2008 para encontrar um ano em que o crescimento das importações tenha superado as exportações como aconteceu em 2014. Se excluirmos os combustíveis destas contas, as exportações crescem 4,3% em 2014 e as importações 6%.
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Os dois movimentos em sentido contrário tiveram como resultado um novo agravamento do défice da balança comercial. Mais 925,8 milhões de euros em comparação com 2013, o que o fixa nos 10.565,3 milhões de euros e coloca a taxa de cobertura nos 82% (menos 1,1 pontos que no ano anterior).
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No Orçamento do Estado para 2014, o Governo português esperava um crescimento de 5% das exportações de bens e serviços (ou seja, a previsão contava também com o Turismo, por exemplo). Em Setembro deste ano, essa estimativa já tinha revista em baixa para 3,7%. Para 2015, o Executivo antecipa que as vendas ao exterior avancem 4,7%.
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