FMI antecipa recessão mais profunda no Brasil
A descida do investimento e do consumo privados no Brasil são os dois principais factores que explicam a degradação da previsão de crescimento económico, de -1% para -1,5%, anunciou hoje um responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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"Prevemos agora uma contracção mais forte em 2015, de cerca de 1,5% (meio ponto percentual abaixo do crescimento projectado em Abril)", escreveu o director do departamento do Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, numa entrada no blog, divulgada hoje pelo FMI.
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Segundo Alejandro Werner, "isso reflecte uma contracção significativa do investimento privado e um declínio moderado do consumo privado, devido à perda de confiança atribuível principalmente a factores internos", por isso "prevê-se que a economia registre uma recuperação modesta em 2016, de cerca de 0,7%", acrescenta o texto.
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O documento explica que "o PIB real contraiu-se nos três primeiros meses do ano" e pormenoriza que os "dados preliminares do segundo trimestre indicam uma nova deterioração, inclusive no mercado de trabalho, mesmo com a inflação mantendo-se incomodamente alta".
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O FMI já tinha revisto em baixa a previsão de crescimento económico no Brasil para este ano no final da semana passada, na actualização do 'World Economic Outlook', de -1 para -1,5%.
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A actualização de Julho ao documento estimou também em baixa o crescimento do Brasil em 2016, cuja expectativa passou de um avanço de 1% para outro menor, de 0,7%.
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As revisões foram influenciadas negativamente pelo desempenho da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre do ano.
A expectativa de crescimento mundial também foi afectada, e fixada em 3,3%, menos 0,2 pontos percentuais do que o projectado em Abril.
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