Leão diz que Portugal se prepara para "o período de maior crescimento do século"

O ministro das Finanças está confiante na recuperação da economia portuguesa. Apesar da subida do número de infeções por covid-19, e do aumento do confinamento em vários concelhos, repete que espera um crescimento acima da meta deste ano.
João Leão
António Pedro Santos / Lusa
Margarida Peixoto 13 de Julho de 2021 às 13:21

O ministro das Finanças, João Leão, reafirmou esta terça-feira que o país deverá crescer este ano acima da meta de 4%. Depois da reunião do Ecofin, em Bruxelas, onde o Programa de Recuperação e Resiliência português foi validado pelos ministros das Finanças europeus, Leão sublinhou os sinais positivos que vê na atividade económica e as boas expectativas para 2022. "Vai ser o período de maior crescimento do século", frisou.

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"Estamos convencidos de que podemos crescer acima dos 4%", reafirmou o ministro, validando uma expectativa que tinha sido deixada já há algumas semanas, mesmo depois de os contágios de covid-19 terem voltado a subir e de terem sido reintroduzidas algumas medidas de confinamento.

"Prevemos que no próximo ano Portugal cresça mais do que a União Europeia", acrescentou, notando que nos dois anos o crescimento económico deverá atingir 9%, fixando-se como "o maior crescimento deste século, dos últimos 20 anos".

Numa análise sobre os indicadores económicos deste ano, o ministro das Finanças defendeu que "o mercado interno tem resistido muito bem" e notou que "o consumo das famílias está a evoluir muito positivamente, estando já superior ao valor pré-pandemia". Quanto ao investimento, em especial da construção, os sinais também são positivos, "com o consumo de cimento a aumentar 20% face aos níveis pré-pandemia, a 2019". Também as exportações de bens estão a crescer, lembrou.

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Já o turismo é "a parte que tem a recuperação mais lenta", admitiu o governante, sublinhando que, ainda assim, se está a verificar uma recuperação "gradual".

Primeira avaliação do PRR no final do ano

João Leão disse ainda que o primeiro momento de monitorização do PRR português está previsto para este ano e admitiu que o primeiro desembolso na sequência de uma avaliação possa chegar "no final deste ano ou no início do próximo". Este calendário vai ao encontro do que está previsto para a generalidade dos Estados-membros.

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Entretanto, o país prepara-se para receber a sua fatia de pré-financiamento do Programa, no valor de cerca de dois mil milhões de euros. O PRR português já tinha recebido luz verde da Comissão Europeia e foi hoje formalmente aprovado pelo Ecofin, juntamente com os outros 11 programas que já tinham sido aprovados por Bruxelas.

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