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Confiança dos consumidores cedeu em agosto

Já o indicador de clima económico estabilizou. Sentimento da indústria melhora, com expectativas de mais encomendas e maior procura externa.

Mariline Alves
29 de Agosto de 2024 às 10:13

Depois de em julho ter ficado ao melhor nível desde o final de 2021, período que marcou o início do processo inflacionista, o indicador de confiança dos consumidores nacionais cedeu em agosto, invertendo a tendência de progressivas melhorias.

Os novos dados de inquérito publicados nesta quinta-feira pelo INE mostram que o indicador passou de uma marca de -12,3 pontos, em julho, para -14,1 pontos em agosto, no saldo de respostas dos inquiridos. Ainda assim, persiste significativamente acima da média histórica da confiança das famílias nacionais, próxima dos -20 pontos.

O INE explica que "a evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo das expectativas da realização de compras importantes, da situação económica do país e da evolução futura da situação financeira do agregado familiar".

Apesar de tudo, junta, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.

No que diz respeito à confiança na economia, as expectativas estavam em junho ao melhor nível desde a invasão da Ucrânia, mas recuaram entretanto, suspendendo a trajetória positiva que se verificava desde finais de 2022.

Os dados do INE também indicam que as famílias têm agora uma avaliação menos negativa para a evolução passada de preços, mas estão a projetar maiores subidas para a frente. 

Além dos dados do índice de confiança dos consumidores são também publicados os resultados de inquérito às empresas, que apontam agora para uma estabilização do indicador do clima económico (1,6%, ainda ao nível mais baixo desde novembro de 2023).

Segundo o INE, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora. A apreciação da produção dos últimos três meses subiu e passou a terreno positivo (de -3,8 para 0,3), com as empresas do setor a darem conta também de melhorias na carteira de encomendas e, em particular, na procura proveniente do estrangeiro, naquele que é um sinal mais positivo para as exportações.

Para o mercado de trabalho também há boas notícias, com a indústria a reportar expectativas de aumento do número de trabalhadores para os próximos meses.

A confiança também aumentou em agosto de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio, tendo diminuído nos serviços, segundo o INE.

Entretanto, as expectativas de subidas de preços por parte das empresas para os próximos meses diminuíram na generalidade dos setores, exceto nos serviços.

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