Exportações de bens diminuem 1,3% no segundo trimestre. Importações sobem 6,4%
Estimativa rápida do INE revela que as exportações de bens recuaram, pela primeira vez, no último ano. Importações de bens cresceram 6,4%, o que contribuiu para agravar o défice comercial.
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As exportações portuguesas de bens diminuíram, em termos homólogos, 1,3% no segundo trimestre deste ano, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta terça-feira. Esta foi a primeira vez que as exportações recuaram desde o segundo trimestre de 2024. Em sentido contrário, as importações de bens cresceram 6,4%, o que contribuiu para agravar o défice comercial português.
As exportações de bens estavam, até aqui, a aumentar. No primeiro trimestre deste ano, subiram 7,7%, tendo sido este o quarto trimestre consecutivo de crescimento do lado das exportações. Já as importações aumentaram pelo quinto trimestre consecutivo, embora em ligeiro abrandamento face ao trimestre anterior. Nos primeiros três meses do ano, a variação homóloga foi de 7%.
Sem contar com as transações sem transferência de propriedade (ou seja, com vista ou na sequência de trabalhos por encomenda, com vista ao processamento ou transformação de bens pertencentes a outros países), o decréscimo das exportações é ainda maior (-1,7%). Já o crescimento das importações, sem contar com este tipo de trabalhos, foi menos expressivo do que o registado no total de produtos comprados (+1,9%).

Os dados relativos ao mês de junho só devem ser conhecidos no próximo dia 9 de agosto. Porém, os dados relativos a abril e maio apontavam já para uma diminuição nas exportações, face a igual período do ano passado. Em abril, diminuíram 5,7%, em termos homólogos, enquanto que, em maio, subiram 2,5%. Por outro lado, as importações cresceram 2,4% em abril e 12,1% em maio.
Com as exportações a crescerem a um ritmo superior ao das importações, é de esperar um agravamento do défice comercial no segundo trimestre. Em maio, o défice da balança comercial agravou-se em 935 milhões de euros face a maio de 2024, atingindo 3.217 milhões de euros.
(notícia atualizada às 11:33)
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