Famílias e empresários ligeiramente mais confiantes em junho
O indicador de confiança dos consumidores e o clima económico continuaram a melhorar em junho, mas a um ritmo mais lento, depois dos aumentos significativos de abril e maio.
As famílias e os empresários continuaram a ganhar confiança em junho, mostram os dados publicados esta terça-feira, 29 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Porém, os aumentos foram mais moderados do que o ritmo que se tinha verificado em abril e maio, sublinha o organismo de estatísticas.
"O indicador de confiança dos consumidores aumentou de forma ligeira em junho, após ter aumentado significativamente entre março e maio, registando o valor máximo desde o último inquérito não afetado pela pandemia, realizado em fevereiro de 2020", lê-se no boletim.
O INE explica que o reforço ligeiro do otimismo das famílias resultou "sobretudo" da avaliação sobre a situação passada do agregado familiar em termos financeiros. As perspetivas sobre a capacidade de concretizar compras importantes no futuro também contribuíram para este reforço da confiança.
Mas sobre o que esperam para a evolução da situação financeira do seu agregado familiar, os consumidores revelaram-se agora menos confiantes. Também estão mais pessimistas, embora a diferença seja apenas ligeira, quando à evolução futura da situação financeira do país.
Os resultados sugerem um aumento maior do sentimento de incerteza, que coincide com o regresso da subida do número de infeções por covid-19, sobretudo na área metropolitana de Lisboa.
Do lado dos empresários, o indicador de clima económico aumentou entre março e junho, mas "de forma moderada no último mês", nota o INE, referindo que, ainda assim, em maio e junho o nível deste indicador superou o do início da pandemia (março de 2020).
Em junho, a indústria transformadora revelou-se mais confiante. Também os empresários do comércio e os serviços estão mais otimistas, tendo no caso dos serviços "atingido pela primeira vez um nível que supera o observado em março de 2020". Mas no caso da construção e obras públicas os ânimos refrearam. Em maio tinha sido atingido um máximo desde janeiro de 2020, mas agora em junho o indicador recuou.
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