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Goldman Sachs e Morgan Stanley estão "bullish" com a economia europeia

O crescimento do PIB da Zona Euro deverá acelerar para 1,4% no segundo semestre, segundo os economistas do Goldman Sachs.

18 de Março de 2019 às 16:45

A economia europeia não tem dado muitas alegrias aos investidores ao longo do último ano, mas há analistas que acreditam que as surpresas positivas estão aí ao virar da esquina.  

Para o Goldman Sachs, os últimos números na Zona Euro saíram acima do esperado, sendo que esta tendência pode indicar que o pior já ficou para trás. Este veredicto é partilhado pelo Morgan Stanley, que assinala a dependência da Europa da economia chinesa, que também está a dar sinais de recuperação.

"Existem sinais de que o pior do período de fraqueza está a ficar para trás", disse Jari Stehn, economista do Goldman Sachs. "Ao contrário dos dados surpreendentemente negativos do ano passado, os dados mais recentes saíram acima das estimativas", acrescentou.

Goldman Sachs e Morgan Stanley estão "bullish" com a economia europeia

Estas melhorias também são visíveis no índice do Citigroup, que está em máximos de cinco meses. O próximo teste vai ser conhecido na sexta-feira, quando for revelado o índice das expectativas dos gestores de compras (PMI) referente a março.

Segundo os economistas do Goldman Sachs, o crescimento do PIB da Zona Euro deverá acelerar para 1,4% no segundo semestre, tendo recentemente estabilizado em torno de 1%. Apesar dos indicadores ainda não apontarem para um momento mais forte no imediato, os economistas esperam um impulso devido ao alívio de impostos, preços mais baixos dos combustíveis e crescimento mais forte dos salários.

Alguns dos problemas temporários que penalizaram a economia europeia em 2018 estão a começar a desvanecer-se, incluindo os problemas na indústria automóvel, refere Graham Secker, do Morgan Stanley. A confiança dos consumidores franceses também recuperou da queda sofrida com os protestos dos coletes amarelos.

Há também a assinalar a melhoria nas novas exportações para mercado chinês, o que tende a influenciar o PMI europeu. Tal poderá ser uma dádiva para os investidores – depois da queda do PMI da Zona Euro para mínimos, as ações europeias registam, em média, uma subida de 9%, salienta Morgan Stanley.

Goldman Sachs e Morgan Stanley estão "bullish" com a economia europeia

"Pensamos que a fase negra acabou e a Europa prepara-se para surpresas positivas", diz Secker. "Uma boa parte do abrandamento europeu do ano passado foi ‘made in China’. A acentuada queda no crescimento teve um forte impacto na Europa, devido à sua sensibilidade ao comércio e exportações".  

Texto original: Goldman Sachs and Morgan Stanley Turn Bullish on Europe

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