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INE confirma desaceleração da inflação para 2,3% em outubro. Preço dos alimentos abranda

Variação homóloga da taxa de inflação desacelerou uma décima em outubro, em linha com a estimativa rápida. Este é o segundo mês consecutivo de abrandamento dos preços. No caso dos alimentos, outubro foi o primeiro mês de alívio, após meses consecutivos de subidas.

Preço dos alimentos inverteu, em outubro, as acelerações dos últimos meses.
Preço dos alimentos inverteu, em outubro, as acelerações dos últimos meses. João Cortesão
12 de Novembro de 2025 às 11:18

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a variação homóloga da taxa de inflação desacelerou para 2,3% em outubro, . O valor corresponde a menos uma décima face ao mês anterior. Outubro foi o segundo mês de alívio geral nos preços e o primeiro em que os alimentos inverteram as acelerações dos últimos meses.

"A variação homóloga do IPC foi 2,3% em outubro de 2025, . Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de outubro", lê-se no

O abrandamento da inflação deveu-se ao alívio nos produtos que estão mais sujeitos a fortes variações de preços (alimentos não transformados e energia). O índice referente aos alimentos frescos, , desacelerou de 7% para 6,1% em outubro. Este foi o primeiro mês de abrandamento no preço deste tipo de produtos depois de, em setembro, a variação homóloga do índice ter estabilizado ao fim de sete meses de subidas consecutivas.

Já o índice relativo aos produtos energéticos caiu de 0,3% para -1,2% em outubro, regressando a valores negativos. Ou seja, os preços da energia estão mais baratos face a igual período do ano passado. 

Em sentido contrário, a inflação subjacente, que exclui bens alimentares não transformados (alimentos frescos) e energéticos, acelerou de 2% para 2,1% em outubro. Isso mostra que a puxar pela subida do cabaz conjunto de produtos estiveram bens cujos preços costumam ser mais estáveis, como é o caso da saúde e educação. 

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC foi nula, quando em setembro tinha sido de 0,9%. O INE estima ainda uma variação média nos últimos doze meses de 2,4%, um "valor idêntico" ao do mês anterior.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução de preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros, também acelerou ligeiramente de 1,9% para 2% em outubro. Ainda assim, a variação homóloga do IHPC foi uma décima mais baixa do que o . Em setembro, a diferença entre o IHPC português e o IHPC da Zona Euro foi de três décimas.

Sem contar com produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 1,9% em outubro, o que compara com 1,6% em setembro. Essa variação foi ainda inferior à estimada para a Zona Euro (2,4%).

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