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Inflação desacelera para 2,3% em outubro. Preço dos alimentos abranda

Estimativa rápida do INE aponta para um abrandamento de uma décima na variação homóloga do índice de preços no consumidor. Preço dos alimentos terá registado o primeiro alívio após meses de subidas a pique.

Índice de preços referente aos bens alimentares abrandou em outubro, após meses de aumentos.
Índice de preços referente aos bens alimentares abrandou em outubro, após meses de aumentos. João Cortesão
09:43

A taxa de inflação terá desacelerado de 2,4% para 2,3% em outubro, segundo a do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta sexta-feira. Este é o segundo mês consecutivo de abrandamento na variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC), com os alimentos a inverterem, pela primeira vez, as acelerações dos últimos meses.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do IPC terá diminuído para 2,3% em outubro de 2025, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se no destaque do INE.

Esse alívio da inflação terá sido explicado pelo abrandamento observado nos produtos que estão mais sujeitos a fortes variações de preço (alimentos não transformados e energia). O INE dá conta de que o índice referente aos alimentos frescos terá desacelerado de 7% para 6,1% em outubro, sendo este o primeiro mês de abrandamento depois de, .

Também o índice relativo aos produtos energéticos terá registado, segundo a estimativa rápida do INE, uma nova queda em outubro (-1,2%), voltando a contribuir para uma desaceleração do IPC, já que em em setembro tinha acelerado ligeiramente 0,3%.

Em sentido contrário, a inflação subjacente, que exclui bens alimentares não transformados (alimentos frescos) e energéticos, terá acelerado uma décima, passando de uma variação homóloga de 2% para 2,1% em outubro. Isso significa que, em outubro, houve uma contágio maior da inflação a produtos cujos preços são mais estáveis, como é o caso da saúde e educação. Ainda assim, essa aceleração não foi suficiente para impedir um alívio no índice total de preços.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido nula, quando em setembro tinha sido de 0,9%. O INE estima ainda uma variação média nos últimos doze meses de 2,4%, um valor idêntico no mês anterior.

Já o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução de preços com a dos restantes Estados-membros, terá registado uma variação homóloga de 2%, mais uma décima do que no mês precedente. Este indicador, ao contrário do que acontece com o IPC, contabiliza também as despesas de consumo dos cidadãos não residentes (turistas), dando-lhes uma ponderação diferenciada, o que faz com que os valores não sejam coincidentes.

Os dados definitivos referentes ao IPC de outubro serão publicados no próximo dia 12 de novembro.

(notícia atualizada às 10:06)

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