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Inflação acelera para 2,8% em agosto. É já o quinto mês seguido a aquecer

Estimativa rápida do INE revela que a variação homóloga do índice de preços no consumidor terá acelerado duas décimas em agosto. Alimentos terão sido os produtos que mais puxaram pela inflação, ao registarem um disparo de 7% face a igual período do ano passado.

INE estima que a inflação nos alimentos tenha disparado, em termos homólogos, 7% em agosto.
INE estima que a inflação nos alimentos tenha disparado, em termos homólogos, 7% em agosto. Paulo Novais /Lusa
29 de Agosto de 2025 às 11:10

A taxa de inflação terá acelerado para 2,8% em agosto, segundo a do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. A confirmar-se esta estimativa, será o quinto mês consecutivo em que a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) aquece, sendo de destacar os preços nos alimentos. Em agosto, terão aumentado 7% face a igual período do ano passado.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do IPC terá aumentado para 2,8% em agosto de 2025, taxa superior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se no do INE. 

A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos frescos e energia), terá registado uma variação homóloga de 2,5%, uma "taxa idêntica à do mês precedente". Tendo em conta que este indicador mede a inflação dos produtos com preços mais estáveis – como a educação e a saúde – e ter-se-á mantido inalterado, a aceleração da taxa de inflação estimada pelo INE em agosto é explicada pelos preços de produtos do cabaz de compras das famílias que mais variam: energia e/ou alimentos – neste caso, alimentos. 

variação do índice de preços da energia manteve-se negativa em agosto, segundo a estimativa rápida do INE, o que significa que continuou a puxar a inflação para baixo, evitando uma aceleração superior aos 2,8% observados. O IPC da energia terá caído 0,2% em agosto, um valor que compara com -1,1% registados em julho. 

Já no que toca à inflação dos alimentos não transformados (alimentos frescos), a trajetória continua a ser marcadamente ascendente. Em agosto, o INE estima que a variação homóloga do IPC dos alimentos acelerou para 7%, um valor que compara com 6,1% contabilizados no mês anterior. Ou seja, no espaço de um mês, a inflação nos alimentos acelerou nove décimas, fixando-se no valor mais elevado desde junho de 2023

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido de -0,2%, um valor que compara com -0,4% em julho e -0,3% em agosto de 2024. Estima-se que a variação média da inflação nos últimos doze meses tenha sido de 2,4%, mais uma décima do que no mês de julho.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros, terá registado uma variação homóloga de 2,5%, um "valor idêntico" ao do mês precedente.

Os dados definitivos referentes ao IPC de agosto serão publicados a 10 de setembro.

(Notícia atualizada às 11:30)

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