O pico da terceira vaga de covid-19 ficou para trás: cinco gráficos
Número diário de casos está a descer há cinco dias
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Desde sexta-feira que o número de novos casos divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) é inferior ao registado no mesmo dia da semana anterior. E foi nesta terça-feira que a redução percentual homóloga foi mais acentuada, com uma quebra de 49%. Nos dias anteriores, a redução homóloga variou entre 5,6% e 19%. Comparando os últimos cinco dias com o período homólogo uma semana antes, a quebra do número de novos casos é de 21%.
Até em Lisboa já há sinais de inversão de tendência
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Até segunda-feira, a inversão da tendência de crescimentos dos novos casos verificava-se em todas as regiões (em particular Norte e Centro), exceto em Lisboa. No entanto, a partir desta terça-feira também em Lisboa o número de novos casos foi inferior à terça-feira da semana passada (e nesta região também houve uma redução face ao dia anterior, o que é particularmente surpreendente pois os dados reportados à segunda são sempre especialmente baixos). Os 2.520 casos de Lisboa ficam 67% abaixo do verificado na terça-feira da semana passada, resta saber se os dados desta quarta-feira confirmam a tendência na região que tem sido mais dilacerada pela pandemia.
Casos ativos descem quase 15 mil em quatro diasO número de casos ativos, que é calculado abatendo aos casos totais os doentes recuperados e os óbitos, evolui favoravelmente nos últimos dias. Nos últimos quatro dias, apenas no sábado - dados reportado no domingo pela DGS - se verificou um aumento nos casos ativos, tendo o boletim desta terça-feira mostrado a maior descida diária neste indicador desde o início da pandemia. Em quatro dias, o número de pessoas atualmente infetadas sofreu uma redução de quase 15 mil, passando do pico de 181.811 a dia 29 de janeiro para os 166.888.
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Pressão sobre o SNS continua elevadaA redução no ritmo de contágios não se traduz ainda num alívio da pressão sobre os hospitais. O elevado número de novos casos nos últimos 10 a 12 dias ainda se refletem em níveis perigosamente próximos do limite da capacidade de resposta do SNS. Aliás, em janeiro os dias com maiores subidas nos internamentos foram domingos, sendo estes dias em que são identificados menos casos devido a um menor número de testes realizados e processados. Os doentes mais graves, internados nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), representam cerca de 12,5% do total de internamentos.
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Óbitos apenas devem descer de forma sustentada mais tarde
O padrão já observado nos anteriores picos da pandemia deixa antever que ainda será preciso esperar mais algum tempo para que o número diário de mortes por covid-19 se reduza de forma significativa e sustentada. A norma é: redução nos contágios, algum tempo depois um alívio nos internamentos e, ainda mais tarde, uma descida nas vítimas mortais.
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