Escolas só representam 3% dos contágios
Números divulgados este sábado pelo primeiro-ministro confirmam o que a maioria dos estudos internacionais já indicava: o contágio em ambiente escolar é residual. É no contexto família e de coabitação que se regista a maioria dos contágios identificados.
Os contágios em ambiente escolar são residuais. De acordo com número divulgados este sábado pelo primeiro-ministro no final de um Conselho de Ministros extraordinário, apenas 3% dos contágios ocorreram dentro nas escolas. A grande maioria, dois terços, verifica-se, isso sim, em contexto familiar e de coabitação.
Segundo a mesma informação disponibilizada por António Costa, o contexto laboral é responsável por 12% dos casos, seguindo-se os lares, com 8% dos casos de contágio. O contexto social também tem pouco peso no conjunto das infeções, representando apenas 3% dos contágios totais identificados.
A percentagem mais reduzida identificada diz respeito aos serviços de saúde, com 1% dos casos.
Encerramento de escolas não está previsto
O primeiro-ministro assegurou ainda, na mesma conferência de imprensa, que não está a ser considerado nenhum encerramento das escolas, salientando que o Governo pretende preservar o direito a estudar e a trabalhar, pelo que concentra as medidas mais restritivas ao fim de semana.
"Neste momento, não está considerado nenhum encerramento das escolas. O objetivo central que temos de ter ao controlar a pandemia é preservar a liberdade de estudar e o direito ao trabalho", afirmou António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário que regulamenta as medidas do estado de emergência a vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro.
O chefe de Governo afirmou que o objetivo é "garantir que o ano letivo não vai sofrer sobressaltos e que não há de novo interrupção generalizada na atividade profissional", com forte impacto no emprego.
Esta reunião extraordinária do Conselho de Ministros serviu para concretizar as medidas que vão enquadrar o estado de emergência decretado na sexta-feira pelo Presidente da República.
As medidas foram decididas no dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas, e registou 56 óbitos no mesmo período, segundo a Direção-Geral da Saúde.
O estado de emergência, que nunca tinha sido aplicado em Portugal em democracia, esteve em vigor entre 19 de março e 02 de maio, com duas renovações consecutivas, por um total de 45 dias.
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