Carneiro desafia Montenegro a fazer aumento permanente das pensões mais baixas
O primeiro-ministro prometeu no sábado que no próximo Orçamento do Estado haverá novo aumento do Complemento Solidário para Idosos e, caso exista folga, voltar a dar "a meio do ano" um suplemento às pensões mais baixas.
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O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou este domingo o primeiro-ministro a transformar o suplemento aos pensionistas num aumento permanente para as pensões mais baixas, adiantando que custaria tanto como a redução de um ponto do IRC.
"O primeiro-ministro veio dizer, com ar cândido, que se tudo correr bem, agora vamos dar um complemento extraordinário para os idosos, que se dá agora e que se tira depois, como se sabe. Mas para que as pessoas não fiquem a pensar nisto, porque vão ter que votar nas eleições autárquicas, disse: (...) se no próximo ano as coisas correrem bem, nós poderemos de facto dar mais um complemento extraordinário para as pensões", afirmou José Luís Carneiro num almoço da candidatura de Adriano Menino à Câmara de Torre de Moncorvo, Bragança.
Segundo o líder do PS, se Luís Montenegro "está preocupado com os pensionistas que têm pensões mais baixas tem uma boa solução".
"É transformar esse complemento numa remuneração permanente daqueles que têm as pensões mais baixas e resolverá o problema dos pensionistas", desafiou.
Carneiro apresentou as contas para esta medida e disse que esse aumento permanente para pensões até 522 euros custaria 400 milhões de euros, o mesmo que representa a descida de cada ponto percentual de IRC.
O primeiro-ministro prometeu no sábado que no próximo Orçamento do Estado haverá novo aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI) e, caso exista folga, voltar a dar "a meio do ano" um suplemento às pensões mais baixas.
"Quando chegámos ao Governo eram 550 euros, grosso modo, aumentámos primeiro para 600, depois para 630, e até ao dia 10 de outubro, o país ficará a saber quanto é que propomos aumentar para o próximo ano", disse, referindo-se à data de entrega do Orçamento do Estado para 2026, que coincide com o último dia da campanha autárquica.
Por outro lado, comprometeu-se com um novo suplemento para as pensões mais baixas "se, a meio do ano a execução orçamental, revelar equilíbrio e folga suficiente".
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